28/02/19

Mari Boine


Mari Boine nasceu em Karasjok, Noruega, no dia 08 de Novembro de 1956, tendo passado a sua infância e crescido em Gámehisnjárga, uma aldeia no rio Anarjohka, município de Karasjok em Finnmark, extremo norte da Noruega.

Os seus pais eram Sapmi, povo de uma região no Norte da Noruega, viviam da pesca do salmão e da agricultura, tendo Boine crescido imersa no ambiente natural da região e também no meio-ambiente rígido do movimento cristão Luterano, um dos principais movimentos religiosos da Noruega e do Norte da Europa e que discriminava o povo Sapmi, chegando ao ponto de considerar que o facto de se cantar no estilo tradicional Sapmi Joik era "uma obra do diabo".

A escola local frequentada por Boine reflectia um mundo completamente diferente do da sua família, tendo sido toda a sua aprendizagem em norueguês. À medida que foi crescendo, Mari Boine começou a revoltar-se contra o preconceito existente na sociedade norueguesa Luterana, segundo o qual, uma mulher "Lappish" é um ser inferior. Aproveitando a sua música, não só nos espectáculos ao vivo como também nas edições discográficas, Boine aproveitou para divulgar as suas mensagens contra o racismo e contra essa atitude preconceituosa em relação à situação da mulher na sociedade norueguesa. Durante os seus concertos tem o cuidado de abordar sempre essa questão, criticando fortemente a discriminação social das mulheres e das minorias.

“Gula Gula”, editado em 1990 pela Real World de Peter Gabriel, trouxe a Mari Boine enorme reconhecimento a nível internacional. Editado com o nome de Mari Boine Persen, apelido que a identificava como norueguesa, a capa do disco apresentava o olho de uma coruja, imagem icónica da sua região natal. A título de curiosidade, é de mencionar que na contracapa do disco, no espaço em que habitualmente a editora menciona o país de origem do músico, aparece “Sapmi”, em vez de Noruega. Em 2007 este disco foi reeditado pela sua própria editora, Lean, tendo a capa sido alterada e, em vez da águia, surge Boine vestida como uma dançarina tradicional Xamanista e em vez de Mari Boine Persen, surge simplesmente Mari Boine.

Mari Boine conta com uma extensa discografia, na qual apresenta um estilo musical fortemente enraizado na cultura e tradições do seu povo, aliando sonoridades Jazz e Rock e baseando o seu modo de cantar no folclore tradicional. Usando a voz e o canto Yoik Yodelling, faz-se acompanhar por uma enorme panóplia de instrumentos de acompanhamento e percussão, alguns deles tradicionais, proporcionando sonoridades, momentos e ambientes de grande beleza.

27/02/19

Ao vivo... Mari Boine


Data - 26 de Fevereiro de 2019
Local - Teatro da Trindade
Notas - Integrado no Ciclo Mundos - numa colaboração entre o Inatel e o Festival Músicas do Mundo - Mari Boine deu um bom concerto perante uma plateia que não foi suficiente para esgotar a bonita sala do Teatro da Trindade.
Na primeira parte actuaram os portugueses Recanto, adaptando clássicos da música popular portuguesa a novas sonoridades, não deixando de apresentar alguns temas originais; Um grupo interessante.

18/02/19

Setlist... Fucked Up


Setlist do concerto dos Fucked Up, na sala Cassiopeia, Berlim

01 - Dose Your Dreams
02 - Son The Father
03 - I Want You Right Now (MC5 Cover)
04 - Raise Your Voice Joyce
05 - Tell Me What you See
06 - Normal People
07 - Queen of Hearts
08 - Turn The Season
09 - Black Albino Bones
10 - Crusades
11 - Living in a Simulation
12 - Love Is an Island in The Sea
13 - Under My Nose
14 - I Hate Summer
15 - David Comes to Life
16 - Accelerate
17 - The Other Shoe