Um exercício de estilo
Quando a música é um vício... um "veneno" salutar
"Toxicidade" - Tema dos GNR - Álbum "Rock In Rio Douro"
"A música é o tipo de arte mais perfeita; nunca revela o seu último segredo" Oscar Wilde
25/05/10
24/05/10
Ao vivo... Xutos e Pontapés
Data - 12 de Dezembro de 1985
Local - Rock Rendez-Vous
Notas - Um dos muitos concertos a que assisti na mítica sala da Rua da Beneficiência em Lisboa. Espaço pequeno mas acolhedor que deixou momentos inolvidáveis a quem lá passou. Este concerto dos Xutos e Pontapés foi um desses momentos.
Artigo publicado no Jornal Blitz Nº 59, no dia 17 de Dezembro de 1985
21/05/10
Ao vivo... Festival Optimus Alive 2009
Data - 09 de Julho de 2009
Local - Passeio Marítimo de Algés
Notas - Mais um grande concerto dos Metallica, numa noite de rock bem pesado. Ainda foi possível assistir, no palco principal a concertos dos Mastodon, Slipknot, Machine Head e Lamb Of God. No palco secundário, destaco os excelentes TV on The Radio e ainda, Cristal Castles e Klaxons. Num recinto com grandes dificuldades de acesso e poucas condições, só a boa música justifica a comparência.
Ao vivo... António Variações
Data - 22 de Janeiro de 1984
Local - Rock Rendez-Vous
Notas - Espectáculo marcante.
“Porque não vêm até aqui? Eu sou um anjo bom, não sou um anjo protector. Não me peçam protecção, porque eu, eu é que preciso de protecção. Porque é que não vêm até à frente? Estão muito longe. Tenho saudades vossas.”
Foi desta forma que António Variações, apresentou o tema “Anjo da Guarda”, num concerto na mítica sala de Lisboa, Rock Rendez-Vous, nos anos 80.
Este foi, seguramente, o concerto que mais me marcou até hoje, não pela sua qualidade em termos de espectáculo, mas pelo público, pela sua ausência, a ausência desses que se diziam admiradores do músico, a ausência desses que compravam os seus discos aos milhares, a ausência desses que por trás de uma capa de hipocrisia desmedida diziam maravilhas da música de António Variações mas que, numa importante apresentação no Rock Rendez-Vous estiveram, como tão bem ele cantava “Sempre Ausentes”.
Lembro-me perfeitamente de (na altura tinha um jornal de escola e tinha pertencido ao jornal Musicalíssimo), a empresária do músico ter vindo ter connosco, “jornalistas”, que estávamos no andar de cima e pedir encarecidamente para irmos para o andar de baixo, para que o António não ficasse triste por ter a sala praticamente vazia. Lembro-me disso e ainda hoje fico triste quando recordo esse momento, um momento em que estariam no Rock Rendez-Vous não mais de quinze pessoas para assistir ao espectáculo.
Apesar disso, António Variações cantou no seu jeito (confesso que ao vivo a sua voz falhava um bocado), brincou com os pouco presentes, veio para o meio da plateia e dirigiu-se a todos nós de forma amigável e terna.
Acima de tudo revelou ser um excelente profissional e demonstrou um grande respeito por todos os presentes, um respeito que ele também merecia ter tido por parte dos seus fans, mas que infelizmente não teve.
P.S. - António Joaquim Rodrigues Ribeiro, mais conhecido como António Variações, nasceu no dia 03 de Dezembro de 1944. Passou de forma fugaz mas indelével pela música portuguesa, tendo gravado os álbuns “Anjo da Guarda” em 1983 e “Dar & Receber” em Fevereiro de 1984.
Deixou-nos no dia 13 de Junho de 1984, mas jamais será esquecido.
20/05/10
Ao vivo... Metallica
Data - 19 de Maio de 2010
Local - Pavilhão Atlântico
Notas - Foi a sétima vez que assisti a um concerto dos Metallica e não posso deixar de referir que, apesar de os anos passarem, o prazer com que o grupo está em palco continua a ser o mesmo, ou ainda maior. Durante quase duas horas, James Hetfield, Kirk Hammett, Lars Ulrich e Robert Trujillo, deliciaram uma imensa onda negra composta por cerca de 18000 pessoas que, mais uma vez, prestaram grande devoção a um grupo que visitava Portugal pelo quarto ano consecutivo. Desde o álbum "Kill'Em All" de 1983, até "Death Magnetic" de 2008, foi um desfilar de canções fortes num palco colocado no centro da plateia, com um jogo de luzes irrepreensível e com uma comunicabilidade extraordinária por parte dos elementos do grupo para com o público. Foi seguramente um dos melhores concertos a que assisti até hoje.Na primeira parte estiveram em palco os californianos High On Fire que apresentaram alguns temas do novo álbum "Snakes For The Divine". Sinceramente, não gostei da actuação do grupo nem da própria música, numa onda Heavy muito próxima do Trash, mas pouco melódica e, por vezes, parecia confusa e desconexa, mas isso também se pode dever ao facto de o som não estar muito bom para a actuação deste grupo.
Já os dinamarqueses Volbeat, que tocaram na segunda parte, surpreenderam pela positiva, com um bom som Heavy Metal mas que, na minha opinião, peca pela capacidade vocal de Michael Poulson que parece desenquadrada da restante música do grupo; não que a voz seja fraca, mas julgo que para aquele género musical, ficava melhor uma voz mais forte, mais potente.
Setlist
That Was Just Your Life
Cyanide
For Whom The Bell Tolls
Shortest Straw
The Day That Neves Comes
Sad But True
Wherever I May Roam
No Remorse
Turn The Page
All Nightmare Long
One
Master Of Puppets
Damage Inc.
Nothing Else Matters
Enter Sandman
Helpless
Motorbreath
Seek And Destroy
19/05/10
Ao vivo... Bruce Springsteen
Data - 07 de Junho de 1999
Local - Estadio de La Comunidad - Madrid
Notas - Excelente organização para um bom concerto que assinalava o reencontro de Bruce Springsteen com a sua The E Street Band.
18/05/10
Ao vivo... GNR
Data - 30 de Abril de 2010
Local - Centro Cultural Olga Cadaval - Sintra
Notas - Concerto de apresentação do novo trabalho dos GNR, "Retropolitana". Como era previsível, e mais uma vez, os GNR não conseguem encher uma sala na zona de Lisboa, algo que custa a entender. Sem se deixarem influenciar pelo ar despido e frio da sala do Centro Olga Cadaval, o grupo liderado por Rui Reininho não desiludiu os presentes e intervalou temas do novo disco (ainda não editado na altura do concerto) com temas antigos, alguns deles já clássicos da música portuguesa.
Com o seu humor característico, Rui Reininho não deixou de fazer alguns comentários relativos ao facto de a sala não estar cheia: "a revolução soviética fez-se com menos gente", disse. Não esteve presente muita gente, mas quem esteve saiu de lá satisfeito e com vontade de escutar na integra o novo "Retropolitana".
17/05/10
Kayo Dot - Coyote
A música dos Kayo Dot é indescritível, é algo fora de todos os parametros normais e expectáveis: é desconexa, anárquica e confusa.
Sendo um daqueles discos que será impossível escutar nas rádios "normais", "Coyote" é um trabalho estranho e de difícil classificação, mas não deixa de ser agradável de ouvir, se bem que é preciso estar com algum espirito para poder assimilar a música que este grupo, formado em Massachusetts em 2003, nos traz neste seu quarto trabalho.
Composto unicamente por cinco temas, cinco longos temas, o grupo formado por Toby Driver, Mia Matsumiya, David Bodie, Dan Means e Terran Olson, apresenta-nos um disco na linha dos anteriores, um trabalho de experiências e vivências musicais, como já referi algo desconexas, mas com um fio condutor pelo qual passa todo o tipo de experiências e sons que os elementos do grupo extraem (e muito bem) dos seus instrumentos.
Estamos perante um disco de um estilo musical muito próximo do chamado rock progressivo, neste caso extremamente complexo, com temas longos e sem qualquer refrão, mas que justifica alguma atenção.
01 - Calonyction Girl
02 - Whisper Ineffable
03 - Abyss Hinge 1: Sleeping Birds Sighing in Roscolux
04 - Abyss Hinge 2: The Shrinking Armature
05 - Cartogram Out Of Phase
Nota - 8/10
14/05/10
Ao vivo... Mão Morta
Data - 20 de Abril de 2010
Local - Coliseu dos Recreios
Notas - O pouco público presente neste concerto esteve algo apático, mas apesar dessa apatia os Mão Morta, que com este espectáculo deram início à tournée de apresentação do seu mais recente trabalho "Pesadelo em Peluche", demonstraram grande profissionalismo em palco. Não foi um grande concerto, mas também não foi mau, no entanto faltou algo, faltou o entusiasmo do público, a dança, os corpos a saltar, as vibrações transmitidas por uma música contagiante e irrequieta. Foi um público muito diferente daquele que é costume estar nos concertos dos Mão Morta; este foi sereno e sossegado, talvez fruto do "amadurecimento" e da idade.
Esperemos por outros concertos melhores e mais enérgicos do grupo.
Talvez isso aconteça no "Optimus Alive"
12/05/10
Ao vivo... Papa Wemba
Data - 21 de Fevereiro de 1999
Local - Centro Cultural de Belém
Notas - Um auditório excessivamente grande para receber Papa Wemba, músico oriundo do Zaire que na altura gravava para a editora de Peter Gabriel, Real World.
Uma sala fria, desoladora, que nem o calor da música africana conseguiu aquecer.
A certa altura o pouco público levantou-se para dançar, pois é impossível assistir sentado a um espectáculo de Papa Wemba; aquele som da guitarra é único. Não deixa de ser uma sensação estranha, numa sala como o grande auditorio do Centro Cultural de Belém, ver pessoas a dançarem nos corredores.
10/05/10
Ao vivo... Rod Stewart
Data - 19 de Julho de 1983
Local - Estádio do Restelo
Notas - Apesar das minhas "andanças" em concertos terem começado no início dos anos 70 num espectáculo do Duo Ouro Ngro, no cinema Aviz em Luanda, somente no dia 19 de Julho de 1983 tive a oportunidade de assistir a um espectáculo de um músico de craveira e renome internacional: Rod Stewart. Do que me lembro da altura (este é um dos poucos bilhetes que me falta), o palco estava "de costas" para o rio Tejo e colocado junto à bancada Norte, um espaço com uma capacidade para seis ou sete mil pessoas. Recordo-me de um Rod Stewart endiabrado em palco, no seu melhor estilo, a percorrer o palco de uma ponta à outra de forma incansável:na altura era aquilo que se costumava chamar "um animal de palco". Foi um bom concerto e escusado será dizer que gostei imenso pois, acima de tudo, foi o primeiro grande concerto a que assisti, um espectáculo para milhares de pessoas com um ambiente muito diferente daquilo a que estava habituado.
Os portugueses GNR tocaram na primeira parte.
Os portugueses GNR tocaram na primeira parte.
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