Data - 26 de Setembro de 2012
Local - Discoteca Lux
Notas:
- Será que em termos musicais, exitem noites perfeitas?
- Será que ao nível de concertos, existem concertos perfeitos?
- Será que ao nível de ambiente numa sala, existem ambientes perfeitos?
Sim, existem.
Apesar de ser pouco provável, foi o que se passou no concerto que assinalou a estreia de Sharon Van Etten em palcos portugueses.
Com apenas 31 anos de idade (26 de Fevereiro de 1981) e detentora de três excelentes discos, "Because I Was Love" de 2009, "Epic" de 2010 e "Tramp" de 2011, Sharon Van Etten encantou a bem composta plateia que esteve presente na excelente sala do Lux.
Com um alinhamento que percorreu os três trabalhos já editados, a interacção com o público foi de tal forma que Sharon chegou a tocar, no encore, uma música a pedido de um fan, pedindo antecipadamente desculpas por qualquer engano pois era um tema que já não tocava há bastante tempo, acrescentando ainda ser esse "One Day" um dos temas preferidos da sua mãe; dentro do campo das dedicatórias, houve ainda outra, desta feita com "Leopard", cujo nome alterou para "Leopardo", para dessa forma o dedicar a alguém que veio de Itália, propositadamente para assistir a este concerto.
Durante os cerca de 90 minutos que durou a bela viagem que nos foi proporcionada pela voz, música e simpatia de Sharon Van Etten, que começou com o poderoso tema "All I Can", foi ainda possível ouvir canções de amor, como por exemplo "Love More", ou canções de raiva, como por exemplo "I'm Wrong", com um final soberbo e caótico, com o nível de decibéis a subir até um patamar quase ensurdecedor, sendo visíveis expressões de espanto nos rostos do público, e muito mais, muitos outros belos temas que nos transportaram, inebriaram e enfeitiçaram, de tal forma que nem tivemos a noção do tempo que passou, e quando ela se despediu, foi como se um clique nos despertasse e trouxesse de volta à realidade, uma realidade que não desejávamos, pois não era desejo de ninguém que o concerto terminasse, e perante tanta insistência, ela acedeu e regressou ao palco.
Perguntou se queríamos mais uma canção de amor ou uma canção de rock e disse para levantarmos o braço conforme o nosso desejo; fizemos batota e erguemos o braço para os dois casos, como se fossemos uma criança a ter de optar entre um rebuçado ou um pedaço de chocolate, e ela pactuou com a nossa batota e fez-nos a vontade, tal como nós faríamos à criança, só para a ver feliz.
Foram mais duas canções, "I Line", canção que, segundo disse, compôs para Neil Young (pediu-nos para lhe dizermos, se o víssemos), e "Love More", do álbum "Epic", tema que fez com que Bon Iver e National a descobrissem, e estas duas canções encerraram um dos melhores concertos deste ano de 2012, tendo toda a gente abandonado a sala com um ar de satisfação enorme.
Na minha opinião, um dos melhores concertos deste ano.
Apesar de ser pouco provável, foi o que se passou no concerto que assinalou a estreia de Sharon Van Etten em palcos portugueses.
Com apenas 31 anos de idade (26 de Fevereiro de 1981) e detentora de três excelentes discos, "Because I Was Love" de 2009, "Epic" de 2010 e "Tramp" de 2011, Sharon Van Etten encantou a bem composta plateia que esteve presente na excelente sala do Lux.
Com um alinhamento que percorreu os três trabalhos já editados, a interacção com o público foi de tal forma que Sharon chegou a tocar, no encore, uma música a pedido de um fan, pedindo antecipadamente desculpas por qualquer engano pois era um tema que já não tocava há bastante tempo, acrescentando ainda ser esse "One Day" um dos temas preferidos da sua mãe; dentro do campo das dedicatórias, houve ainda outra, desta feita com "Leopard", cujo nome alterou para "Leopardo", para dessa forma o dedicar a alguém que veio de Itália, propositadamente para assistir a este concerto.
Durante os cerca de 90 minutos que durou a bela viagem que nos foi proporcionada pela voz, música e simpatia de Sharon Van Etten, que começou com o poderoso tema "All I Can", foi ainda possível ouvir canções de amor, como por exemplo "Love More", ou canções de raiva, como por exemplo "I'm Wrong", com um final soberbo e caótico, com o nível de decibéis a subir até um patamar quase ensurdecedor, sendo visíveis expressões de espanto nos rostos do público, e muito mais, muitos outros belos temas que nos transportaram, inebriaram e enfeitiçaram, de tal forma que nem tivemos a noção do tempo que passou, e quando ela se despediu, foi como se um clique nos despertasse e trouxesse de volta à realidade, uma realidade que não desejávamos, pois não era desejo de ninguém que o concerto terminasse, e perante tanta insistência, ela acedeu e regressou ao palco.
Perguntou se queríamos mais uma canção de amor ou uma canção de rock e disse para levantarmos o braço conforme o nosso desejo; fizemos batota e erguemos o braço para os dois casos, como se fossemos uma criança a ter de optar entre um rebuçado ou um pedaço de chocolate, e ela pactuou com a nossa batota e fez-nos a vontade, tal como nós faríamos à criança, só para a ver feliz.
Foram mais duas canções, "I Line", canção que, segundo disse, compôs para Neil Young (pediu-nos para lhe dizermos, se o víssemos), e "Love More", do álbum "Epic", tema que fez com que Bon Iver e National a descobrissem, e estas duas canções encerraram um dos melhores concertos deste ano de 2012, tendo toda a gente abandonado a sala com um ar de satisfação enorme.
Na minha opinião, um dos melhores concertos deste ano.