29/05/08

Entrevista... King Fisher's Band

Terceira parte de uma entrevista feita pelo autor deste blog aos King Fisher's Band, minutos antes de iniciarem um concerto no Rock Rendez-Vous

Perg. – Consta que vocês vão tocar com a Dina. Podem adiantar alguma coisa em relação a isso?
Resp. – Nós tocámos na “Febre de Sábado de Manhã”, num dia em que a Dina estava presente. Ela gostou muito do nosso som e pediu-nos para fazermos um disco com ela.
Perg. – Mas a linha musical da Dina é muito diferente da vossa. Não acham que isso possa fazer com que muitas pessoas criem uma imagem errada do vosso grupo?
Resp. – Nós somos músicos profissionais e achamos que a música é tudo. Não temos problemas de fazer uma gravação para uma pessoa qualquer e isso não vai alterar a nossa imagem.
Perg. – Não altera, segundo o vosso ponto de vista, mas pode alterar para muitas pessoas.
Resp. – Tem que se começar a quebrar essas barreiras que existem aqui em Portugal. As pessoas têm que meter na cabeça que os músicos podem fazer tudo. A música não tem fronteiras.
Perg. – Vocês sentem-se integrados no chamado Movimento Rock Português?
Resp. – Acho que sim. Qualquer pessoa que esteja viva, está integrada nele. O movimento é geral.
- Isso veio abrir uma quantidade de hipóteses para toda a gente trabalhar e em moldes diferentes do que se trabalhava. Abriu muitos campos.
Perg. – Agora, e para terminar, gostava que me dissessem quais as vossas principais influências.
Resp. – As nossas principais influências são o Crosby, Stills, Nash & Young, Simon & Garfunkel e James Taylor. O nosso primeiro instrumento é a voz, e a partir daí é que fazemos o resto, a música. A voz é o instrumento natural que temos e há que trabalhá-lo, educá-lo. Nós agora até estamos a pensar em colaborar na gravação de discos de alguns músicos, mas com a voz. A nossa música baseia-se na nossa voz.

FIM

28/05/08

Entrevista... King Fisher's Band

Segunda parte de uma entrevista feita pelo autor deste blog aos King Fisher's Band, minutos antes de iniciarem um concerto no Rock Rendez-Vous

Perg. – Vocês concorreram ao “Só Rock” com a música “Roda na Roda”. Atendendo a que se tratava de um festival de rock, não acham que isso não batia muito certo?
Resp. – Na realidade, não batia certo. Aquilo era um festival de rock português. Tudo aquilo que se fez lá não tinha nada a ver com a música portuguesa em si. O outro tema que tocámos “Mosteiro da Batalha” já se inseria mais numa onda de rock.
- Eu acho que o rock português é um bocado limitado. Por um lado é a fotocópia de outros grupos estrangeiros, pois há quem tente fazer um som idêntico; por ouro lado há uma limitação muito grande no factor do som e as pessoas não se aventuram muito. O festival “Só Rock” era mesmo só de rock, mas na visão estrita do rock isso já era uma limitação. O que nós tocámos foi folk / rock e acho que o rock pode estar ligado ao folk.
Perg. – Qual a importância que esse festival teve na gravação do vosso primeiro single?
Resp. – Nós concorremos ao “Só Rock” só para tentar sacar material. A nível discográfico, quando foi o “Só Rock”, já tínhamos contactos com a Polygram e outras editoras, entre as quais a Rossil e a Sassetti.
Perg. – Então se existiam essas hipóteses, o quê que vos levou a optar pela Vadeca, com más condições de gravação?
Resp. – Isso foi uma precipitação nossa. Nós queríamos gravar o disco e havia muitas pessoas que queriam que o gravássemos, e fomos levados por essa pressão e pelo entusiasmo de gravar.
- Acabámos por fazer uma autêntica merda e fomos prejudicados.
- Agora esperamos gravar, pelo menos “A Roda”, neste nosso primeiro LP que vai ser gravado para a Polygram.
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27/05/08

Entrevista... King Fisher's Band

Primeira parte de uma entrevista feita pelo autor deste blog aos King Fisher's Band, minutos antes de iniciarem um concerto no Rock Rendez-Vous

Ao contrário do que muita gente pensa, nem todos os grupos que vão editando alguns discos de música Portuguesa, são grupos rock pertencentes ao chamado Movimento Rock Português. Felizmente existe um grupo que apesar de ter concorrido ao “Só Rock”, não se integra exclusivamente nesse tão falado movimento. A sua música, apesar de ter algumas influências do rock, é numa linha folk / country que, por vezes, nos faz lembrar Simon & Garfunkel ou Crosby, Stills & Nash. É dentro nesse estilo - com grandes influências desses músicos - que se insere a música dos King Fisher’s Band grupo oriundo do Porto e que recentemente se deslocou a Lisboa para actuar no Rock Rendez-Vous. Escusado será dizer que foi aproveitada essa altura para os entrevistar.
Perg. – Qual a actual formação dos King Fisher’s Band?
Resp. – (Orlando Mesquita) – O grupo tem uma formação muito especial: sou eu, no baixo e voz e o meu irmão Jorge Mesquita, na viola acústica e voz. Depois os restantes elementos são músicos flutuantes. Actualmente os que se encontram a tocar connosco são: Carlos Araújo, na guitarra e que também toca nos Trabalhadores do Comércio; Quico, nas teclas, que também toca nos Salada de Frutas; o Zé Rato na bateria e ainda um outro baterista que é o Pedro Taveira.
Perg. – Como é que se identificam musicalmente?
Resp. – O nosso trabalho não tem limites. Estamos numa de música em geral. No nosso single “Roda na Roda”, a onda foi a música popular portuguesa, mas não vamos ficar por aqui. Actualmente o que tocamos é o folk / rock, apesar da música popular portuguesa ser uma base do nosso trabalho.
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11/05/08

Cats On Fire - The Province Complains

Cats On Fire são um grupo formado em 2001 em Vasa na Finlândia. Após várias mudanças nos membros do grupo, houve uma certa estabilidade a partir de 2004, com Bjorkas na voz, Ville Hopponen na guitarra, Kenneth Hoglound no baixo e Henry Ojala na bateria. Durante os anos de 2003 e 2004 editaram alguns EPs; o primeiro álbum surgiu em 2007.
Intitulado The Province Complains, este trabalho é composto por 12 temas. Um bom disco Pop, repleto de canções agradáveis. Do primeiro ao último tema, as influências de Morrissey e dos seus Smiths são evidentes. Longe da frieza a que nos habituaram os grupos do Norte da Europa, os Cats On Fire fazem uma música simples que nos cativa e da qual é muito difícil não gostar. “I Am the Wuite-Manteled King” e “The Smell Of An Artist”, são temas ritmados que fazem com que não consigamos ouvi-los sem dar um passo de dança; já “Chain Of Saints” é uma boa balada.
Em resumo, um excelente disco; aquele género de disco que “sabe sempre bem” ouvir.

01 – I AmThe White-Mantled King
02 – Astray
03 – Higher Grounds
04 – Heat And Romance
05 – Born Again Christian
06 – The Smell Of An Artist
07 – Chain Of Saints
08 – Mesmer And Reason
09 – If You Must Tell Him
10 – The Sharp End Of A Season
11 – Draw In The Reins
12 – End Of Straight Street

Classificação: 7/10