27/09/11

Setlist... George Michael (Bilbao)

Setlist do concerto de George Michael, na Biskaia Arena (Bilbao), dia 24 de Setembro de 2011

Through
My Baby Just Cares For Me (Nina Simone Cover)
Understand
Cowboys and Angels
Going to a Town (Rufus Wainwright Cover)
Kissing a Fool
Let Her Down Easy (Terence Trent D'Arby Cover)
You Have Been Loved
Idol
Brother Can You Spare a Dime (Bing Crosby Cover)

Patience
John and Elvis
Roxanne (Police Cover)
Wild is The Wind
A Different Corner
Where I Hope You Are
You've Changed
True Faith (New Order Cover)
Love Is a Losing Game
Russian Roulette (Rihanna Cover)
Praying For a Time
Feeling Good (Nina Simone Cover)

Amazing /I'm Your Man / Freedom

I Remember You
Free (Instrumental)

26/09/11

Ao vivo... George Michael

Data - 24 de Setembro de 2011
Local - Biskaia Arena - Barakaldo (Bilbao)
Notas - Desengane-se quem julga que ao fim de mais de 30 anos de concertos, nos quais já foram vistos mais de mil grupos ou músicos, ainda surjam alguns espectáculos com a capacidade de nos surpreender, principalmente pela positiva.
O concerto que George Michael deu no dia 24 de Setembro em Barakaldo, Bilbao, na Biskaia Arena, acabou por ser, não somente uma excelente surpresa, mas também a confirmação de que, apesar de uma ausência de três anos dos palcos e da ausência de qualquer disco de originais nos últimos sete anos, a música, a presença e a voz de George Michael continuam a estar repletas de encanto e sedução.
Depois da ascensão vertiginosa na sua carreira, primeiro com os Wham e depois a solo, George Michael passou por fases bastante conturbadas, nas quais se envolveu em escândalos de cariz sexual, problemas com álcool e alguma dependência de drogas e, após tantos anos de interrupção e de escândalos, o músico de origem grega, de nome Georgios Kyriacos, regressa neste ano de 2011 para uma série de 25 concertos, nos quais é acompanhado por uma orquestra de 40 elementos, à qual junta o grupo que habitualmente o acompanha.
Um total de 50 músicos em palco, interpreta temas antigos dos Wham e da carreira de George Michael a solo, misturando-os com imensas versões de canções imortalizadas por outros músicos de relevo, como por exemplo Nina Simone, Rihanna, Bing Crosby, New Order, Elton John ou Amy Winehouse, entre outros.
Perante uma plateia de cerca de cinco mil pessoas, durante pouco mais de duas horas, George Michael revisitou esses temas, alterando-os mas sem perderem a identidade, dando-lhes o encanto da música clássica e beneficiando da excelente acústica da Biskaia Arena, à qual juntou, em jeito de “cereja no topo do bolo”, a sua extraordinária voz que... continua a ser perfeita.

Trough, foi o tema que deu início a uma noite de boa música, com George Michael a surgir, elegante e todo vestido de negro, por trás da cortina em forma de círculo que rodeava o palco. Ao longo da noite, e sem dar pelo passar do tempo, o público esteve completamente absorto e siderado com a presença do músico e com a sua voz que acabou por ser uma das surpresas (em jeito de confirmação) da noite, dada a sua excelência.
Quer nas versões, quer nos temas do próprio músico, a voz esteve muito bem, sendo uma voz sentida, a tal ponto que, nem com o uso de vocoder em "True Faith" ou em "Where I Hope You Are", essa sensibilidade não foi desvirtuada. "Where I Hope You Are", foi o único tema original da noite, dedicado ao seu namorado, e que aguarda a respectiva edição discográfica.
Com direito a dois encores, logo no início do primeiro George Michael "soltou-se" e, enquanto se libertava das amarras do classicismo musical, libertava também a sua alma mais funky e soul, com os temas "I'm Your Man" e "Freedom", em que houve grande envolvimento do público que, também ele, soltou-se e levantou-se para cantar e dançar algumas das músicas que o fez vibrar no passado, demonstrando que a música de George Michael continua actual, como também George Michael demonstrou continuar a ter o mesmo prazer por estar em palco, a cantar e a dançar. mostrando muitas vezes um sorriso de felicidade nos lábios, o mesmo sorriso que o público apresentava durante as canções.
Para terminar, e em jeito de sobremesa, como que para aumentar ainda mais o êxtase do público, a orquestra que o acompanhou tocou "Free", totalmente instrumental, no momento em que o público abandona a magnífica sala,

22/09/11

Recortes... REM

Os REM, foram uma das maiores bandas dos últimos anos. Não faço esta afirmação na sequência do anúncio feito pelo grupo, pois sempre os considerei, juntamente com os Rolling Stones, uma das duas últimas grandes bandas (no activo) da história da música.
Sem a longevidade dos Stones, a banda liderada por Michael Stipe, formou-se em 1980 e editou 15 álbuns de originais, entre os quais destaco "Murmur (1983)", "Reckoning (1984)" e o incontornável "Automatic For The People (1992)", numa carreira repleta de êxitos e belíssimas canções, magistralmente executadas por excelentes músicos.
Tive a felicidade, pois foi disso que se tratou, de os ter visto ao vivo duas vezes, nos anos de 1999 e 2005, no Pavilhão Atlântico. Lembro-me perfeitamente da presença de Michael Stipe em palco, do virtuosismo de Peter Buck na guitarra, e do inesquecível Mike Bills, um dos melhores baixistas que tive a oportunidade de ouvir tocar. Pelo grupo passou ainda Bill Berry, que se retirou da música em 1997.
Ontem, dia 21 de Setembro de 2011, foi anunciado o fim do grupo, o fim de uma das maiores bandas dos últimos anos, mas que nos deixou um "legado" de 15 discos, alguns deles intemporais e que continuaremos a ouvir com o mesmo prazer de sempre.