21/07/11

Ao vivo... Festival Optimus Alive

Data - 09 de Julho de 2011
Local - Passeio Marítimo de Algés
Notas - O último dia da edição deste ano do acidentado Alive, foi extremamente fraco, em termos de concertos. Uma série de grupos de pouco relevo, divididos pelos diversos palcos do recinto, ficando a ideia que foram os grupos que sobraram de um determinado pacote de artistas.
Se por um lado é inegável a qualidade dos TV on The Radio em palco e nos discos, essa qualidade já é questionável em relação aos White Lies e aos Kaiser Chiefs.
Apesar de ambos se terem esforçado para proporcionar bons momentos ao público, esse esforço ficou aquém do desejado, principalmente no caso dos White Lies, que deram um concerto morno, em fim de festa.
No caso dos Kaiser Chiefs, o esforço de Ricky Wilson (visivelmente mais magro) em remar contra o marasmo que é a actual música do grupo, foi insuficiente. Ele corre, salta, vai ao bar buscar uma cerveja, brinca com os espectadores e com os operadores de câmara, faz, como se costuma dizer, trinta por uma linha, mas a qualidade musical do grupo e os momentos em que o público delira, restringem-se aos temas do primeiro trabalho do grupo, Employment (2005). Não foi um concerto mau, mas esteve longe de ser bom.
Um bom fim de festa, mas um mau fim de festival.
Tocaram ainda Jane's Adiction, Paramore, Foals, Linda Martini, entre outros, mas não assisti a estes concertos.

20/07/11

Ao vivo... Festival Optimus Alive

Data - 08 de Julho de 2011
Local - Passeio Marítimo de Algés
Notas - Dia desastroso para a organização do festival, com o cancelamento de três concertos do palco principal.
Klepht, The Pretty Reckless e os You Me At Six, viram os seus concertos cancelados devido a problemas técnicos, segundo a organização. Ao que consta, uma das vigas que sustentava a estrutura do palco, estava a ceder, tendo sido colocadas duas gruas para funcionarem como suporte do palco. Um azar toda a gente tem, no entanto é de lamentar a falta de informação por parte da organização e a forma como lidaram com o problema, perante o público. Apesar de tudo, conseguiram assegurar os concertos dos 30 Seconds to Mars e dos Chemical Brothers, com uma redução substancial do tempo, principalmente dos 30 Seconds.
Esta questão não me afectou minimamente, pois este dia estava destinado ao chamado palco secundário, que neste festival foi muito superior ao apelidado palco principal. Por este palco (secundário) iam passar Angus & Julia Stone, Fleet Foxes e os Grinderman de Nick Cave, entre outros.
Se os dois primeiro se limitaram a darem espectáculos bons e agradáveis mas que, seguramente, ser perderão no tempo , já os Grinderman arrasaram por completo a assistência com um espectáculo de um ritmo alucinante e poderosíssimo; direi mesmo brutal. O início com um Nick Cave, como que possuído por um demónio que queria arrasar tudo e todos; um vendaval de música e ritmo indescritível.
Passados dez dias, e já sem estar sobre o efeito que se tem quando acaba um concerto, arrisco a afirmar que foi o melhor concerto a que assisti até hoje.

19/07/11

Ao vivo... Super Bock Super Rock

Data - 16 de Julho de 2011
Local - Aldeia do Meco
Notas - Aquele que foi considerado, à partida, como o melhor festival do ano em Portugal, terminou de uma forma péssima com uma actuação desastrosa dos Strokes e com problemas de som que, em determinadas alturas, faziam com que a voz de Julian Casablancas não se ouvisse em certos locais do recinto, na zona abrangida pelo palco principal.
O dia nem começou mal, com uma actuação dinâmica e segura dos portugueses X-Wife, à qual se seguiu o pop despretensioso e suave do vocalista dos Killers, Brandon Flowers, que apesar de poder ser considerado um erro de casting para um festival com um cartaz tão alternativo, não desiludiu e conseguiu segurar e agarrar o público.
Após a actuação de Flowers, entraram em palco os Elbow, para aquele que considero ter sido o melhor concerto do dia. Com um estilo musical digno de um Coliseu ou de uma Aula Magna num ambiente mais calmo e intimista, o grupo esteve em bom nível irradiando simpatia e boa música, talvez excessivamente monótona para o ambiente que se vivia no recinto, tendo chegado a provocar alguma sonolência em algum público, maioritariamente fans dos The Strokes. Seria um concerto fabuloso, noutra sala.
Entre os muitos aguardados Slash e The Strokes, houve tempo para uma curta visita ao palco secundário, onde actuava o ex-Stone Roses, Ian Brown, para mais um concerto desastroso, algo a que o músico já nos habituou. A primeira vez de Brown, a solo em terras portuguesas, foi, em tudo, idêntica à primeira vez dos Stone Roses no Festival de Vilar de Mouros, em 1996: um desastre.
Relativamente a Slash, provou ser um dos melhores guitarristas de sempre. Agora numa carreira a solo, acompanhado por Myles Kennedy na voz, o ex-Guns n' Roses deu um concerto razoável em que demonstrou todo o seu nível, tendo, logicamente, como momentos altos os temas dos Guns, principalmente Sweet Child O' Mine, onde cerca de 30000 pessoas cantaram a música na integra, proporcionando um momento de alguma beleza, algo que o grupo seguinte não conseguiu fazer.
Achei muito fraca a actuação dos Strokes, por muito que isso possa custar aos fans de uma das melhores bandas surgidas na última dezena de anos, mas que desde o seu primeiro disco, Is This It (2001) nunca mais conseguiu atingir grandes níveis qualitativos, pese alguma melhoria no último, Angels (2011 ) em relação ao fraco First Impessions on Earth de 2006. uma actuação descabida, se não ébria, por parte de Julian Casablancas. Todos nós temos dias maus, e quero acreditar que foi esse o caso dos Strokes.

18/07/11

Ao vivo... Super Bock Super Rock

Data - Dia 15 de Julho de 2011
Local - Aldeia do Meco
Notas - No segundo dia da 17ª edição do festival Super Bock Super Rock, a expectativa maior era para a actuação dos Arcade Fire, que deste modo compensavam o público português, depois do cancelamento a que foram obrigados no ano passado, devido à cimeira da Nato.
No palco principal, o dia começou da melhor maneira com o projecto Noiserv, liderado por David Santos e que assenta numa estrutura muito pessoal do músico, num estilo intimista.
Após a actuação de Noiserv, chegou a vez de Rodrigo Leão & Cinema Ensemble que, mais uma vez não desiludiram e deram um concerto de grande nível, que incidiu principalmente sobre o último trabalho do músico, "A Mãe", editado durante o ano de 2009. Como ponto negativo deste concerto, apenas alguma indecisão durante a actuação, indecisão essa que transmitiu a ideia de falta de conhecimento do alinhamento das canções, levando inclusivamente a que fossem ouvidos alguns apupos.
Enquanto não começava a actuação dos Portishead, houve oportunidade para uma "viagem" até à zona do palco secundário para assistir a Legendary Tigerman, músico de grande nível mas que se torna aborrecido em palco, apesar de ser um excelente executante mas, e na minha opinião, ao fim de três ou quatro músicas... chega; e está na hora de fazer a "viagem" de regresso até ao palco principal, onde os Gift, de que não sou apreciador, estavam a terminar a sua actuação.
Seguiam-se, neste mesmo palco, os Portishead de Beth Gibbons para mais um daqueles concertos a que este grupo nos habituou, e dos quais é extremamente dificil conseguir apontar algum defeito. Uma voz mais limpa de Beth Gibbons, foi complementada de forma excelente pelos grandes músicos que fazem parte do grupo e que tornam os concertos dos Portishead como algo grandioso.
A fasquia deste segundo dia estava muito alta, e só um grupo como os Arcade Fire é que conseguia fazer melhor que Portishead. Com um início arrasador, ao som de Ready To Start, o concerto foi um autêntico Best Of que percorreu os três excelentes álbuns editados por esta banda canadiana que continua a ter uma carreira de grande nível, quase imaculada; como imaculado foi o concerto que deram neste SBSR, apesar de uma hora e quinze minutos ser muito pouco para tanta música boa, como é a dos Arcade Fire.

15/07/11

Ao vivo... Super Bock Super Rock

Data - 14 de Julho de 2011
Local - Aldeia do Meco
Notas - A edição deste ano do Super Bock Super Rock - o festival mais mutante, dos muitos que se realizam em Portugal - serviu para confirmar que os grandes problemas com que este festival se depara são os acessos e as fracas condições do recinto, devido ao pó, às poucas casas de banho e a uma área de alimentação muito pequena, tornando num verdadeiro pesadelo qualquer tentativa para adquirir algo para comer.
No que diz repeito à música, que na realidade é o que interessa à maior parte dos "festivaleiros", o cartaz deste ano é excelente, pois traz-nos uma imensidão de grupos de grande qualidade e, principalmente, com poucas passagens por Portugal.
Neste primeiro dia, o destaque em termos de alinhamento ia para os Arctic Monkeys, que não desiludiram numa actuação que durou cerca de uma hora e quinze minutos. No entanto, na minha opinião, o grupo podia ser mais enérgico em termos de presença em palco, pois se por um lado a música do grupo é de uma energia impressionante, já a presença em palco da banda é algo estática, com os elementos muito "agarrados aos seus lugares".
A anteceder a actuação da banda liderada por Alex Turner, estiveram em palco os Beirut, para aquele que foi o melhor concerto deste primeiro dia. Zach Condon e este seu projecto, deram um concerto muito próximo da perfeição, deixando a ideia que um concerto deste grupo numa Aula Magna ou num Coliseu será, isso sim, perfeito, pois num espectáculo deste género e em nome próprio, não "estamos a levar" com aquelas pessoas que estão ali pelo ambiente e não respeitam quem está ali pela música, pois estão constantemente a falar sobre nada e sobre quase tudo, mas acima de tudo, falam do que não tem nada a ver com o que se está a passar. Infelizmente é algo que acontece muito em festivais.
Relativamente aos Walkmen, o segundo grupo a passar pelo palco principal, provaram mais uma vez que são uma banda de grande nível e profissionalismo, nos seus espectáculos. Um bom concerto, que serviu para abrir o apetite para os Beirut.
Relativamente ao palco secundário, o destaque do dia vai para a actuação boa e segura da sueca Lykke Li, que surpreendeu ao apresentar os temas dos seus dois trabalhos Youth Novels (2008) e Wounded Rhimes (2010) numa versão, quase que arrisco a dizer mais gótica. Se nos discos a música de Lykke Li apresenta uma sonoridade mais calma, já ao vivo surge um cruzamento com ambientes e sonoridades góticas, mas que nunca chega a entrar naquela onda gótica à base de guitarras.
Houve ainda Tame Impala que confirmaram a qualidade apresentada em disco, os El Guincho que foram uma boa surpresa, e os portugueses Sean Riley & Slowriders que demonstraram ser muito bons em palco.

05/07/11

Setlist... Pulp no Wireless Festival

01 - Do You Remember The First Time
02 - Pink Glove
03 - Mile End
04 - Mis-Shapes
05 - Something Changed
06 - Disco 2000
07 - Sorted For E?s
08 - F.E.E.L.I.N.G.C.A.L.L.E.D.L.O.V.E
09 - I Spy
10 - Babies
11 - Underwear
12 - This Is Hardcore
13 - Sunrise
14 - Bar Italia
15 - Common People

Setlist do excelente concerto dos Pulp, no dia 03 em Hyde Park.