25/07/14

Ao vivo... Jupiter Lion

Data - 31 de Maio de 2014
Local - Parc Del Fòrum
Notas - Mais um grupo espanhol com boa presença em palco. Oriundos de Valência, os Jupiter Lion, formados por José Guerrero, Vicent Sais y Xavi Chardi, estrearam-se nos discos em 2012 com um álbum homónimo e desde então têm construído uma carreira sólida em Espanha.

24/07/14

Ao vivo... The National

Data - 30 de Maio de 2014
Local - Parc Del Fòrum
Notas - Soberbo concerto dos The National com um Matt Berninger completamente possuído, num concerto que contou com a colaboração de Bon Iver, St. Vincent e ainda Hamilton Leithauser, numa noite memorável, com o alinhamento a incidir, principalmente, no extraordinário último disco "Trouble Will Finde Me".
Arrisco a afirmar que os The National são, actualmente, uma das melhores bandas em palco.

22/07/14

Ao vivo... Pixies

Data - 30 de Maio de 2014
Local - Parc Del Fòrum
Notas - Regressados aos palcos, os Pixies de Black Francis deram um bom concerto, naquele que foi o primeiro da digressão de 2014. Com disco novo na bagagem "Indie Cindy" editado este ano, foram os clássicos do grupo que levaram ao rubro a plateia.

21/07/14

Ao vivo... Islands

Data - 31 de Maio de 2014
Local - Parc Del Fòrum
Notas - Nick Thornburn e os seus Islands, formados em 2005, proporcionaram um concerto agradável, mais por força da interacção do músico com o público do que pela vertente musical.
Não queremos com isto dizer que a actuação foi fraca, nada disso, e os Islands, apesar de não empolgarem o público, deram um concerto agradável.
Com seis trabalhos editados até à altura, tendo sido o primeiro "Return To The Sea" em 2006 e o ultimo "Ski Mask" em 2013, o grupo tarda em se afirmar nos meandros da música alternativa, demonstrando, cada vez mais, uma vertente pop.

20/07/14

James - La Petite Mort


Formados em 1982 em Manchester, os James lançaram o primeiro disco, "Slutter", em 1986. Trinta e dois anos após a sua formação e vinte e oito após o primeiro disco, o grupo liderado pelo carismático Tim Booth continua em excelente forma e, por incrível que pareça, a surpreender.
"La Petite Mort", é um disco simultaneamente estranho e delicioso. Escrito após a morte da mãe de Tim Booth e do seu melhor amigo é surpreendente que Booth não tenha caído na tentação de nos apresentar um disco melancólico e introspectivo, como por exemplo os Coldplay fizeram com o seu mais recente "Ghost Stories". Enquanto Chris Martin se fechou no seu mundo, interiorizando todas as mágoas inerentes a uma separação, Tim Booth optou por nos apresentar e mostrar a sua capacidade de olhar mais longe, não ficando refém de situações negativas, e é aí que reside a grande virtude deste disco, o de olhar mais longe, o não ficar preso no tempo presente, o poder ser um disco de expiação do mau-estar actual, ser um disco repleto do desejo, da certeza que, no horizonte, a curto ou médio prazo, melhores dias virão.
Se o nome do disco é um eufemismo referente ao momento pós-orgásmico, através de uma expressão tipicamente francesa que reflecte esse momento, a capa do disco apresenta uma pintura referente à tradição mexicana, do "Dia de Los Muertos", sendo evidentes as cores fortes, a beleza e ofertas tradicionais, como que querendo dizer com todo este processo, desde o nome do disco à sua capa, que, após a concepção e após a passagem pela vida que, de forma natural, culminará com a morte, há algo mais, e que no "Dia de Los Muertos" podemos celebrar sem mágoas, não em tom de júbilo mas com um olhar no horizonte, olhando o futuro, e isso é salutar… é bom e faz-nos sentir bem, como também nos faz sentir muito bem o facto de, passados tantos e tantos anos, continuarmos a ter um prazer imenso em ouvir um disco de uma banda como os James, que ao fim de trinta e dois anos continuam com a capacidade de nos surpreender, e ainda por cima com um dos melhores discos da sua já longa carreira.
Neste "La Petite Mort", Tim Booth na voz, Jim Glennie no baixo, Larry Gott na guitarra, Saul Davies na guitarra e violino, Mark Hunter nas teclas, David Baynton-Power na bateria e Andy Diagram no trompete, apresentam-nos um conjunto de dez canções soberbas, escritas entre Manchester, Atenas, Escócia e Lisboa, um conjunto de canções através das quais celebram o percurso da vida e, ao ouvi-lo da primeira à última música, isso está lá tudo, conseguimos senti-lo de forma indelével, desde o prazer da concepção e do nascer em "Walk Like You", ao percurso de uma vida feliz retratado em temas como "Curse Curse" ou "Interrogation", passando por "Moving On", tema lindíssimo, forte e intenso, dedicado à sua mãe, e culminando com os chamados momentos menos bons que a vida tem, a morte retratada em "Bitter Virtue, ou "Quicken The Dead", ou ainda o belíssimo tema "All I'm Saying", em que, no final da música e a terminar o disco, ouvimos "I'm missing you and all the worlds you opened up to view. I love you. See you next time".
Produzido por Max Dingel, que também já produziu os Muse, White Lies ou os The Killers, este é um disco obrigatório e um dos candidatos ao melhor disco do corrente ano.

01 - Walk Like You
02 - Curse Curse
03 - Moving On
04 - Gone Baby Gone
05 - Frozen Britain
06 - Interrogation
07 - Bitter Virtue
08 - All in My Mind
09 - Quicken The Dead
10 - All I'm Saying

Nota - 9/10

17/07/14

Ao vivo... Cass McCombs

Data - 16 de Julho de 2014
Local - Galeria Zé dos Bois
Notas - Depois da passagem discreta pelo palco secundário do Optimus Alive, onde Cass McCombs deu um bom concerto apesar de a maior parte do público estar alheio do mesmo - um pouco pelo desconhecimento da sua obra - este músico canadiano nascido em 1977, apresentou-se no pequeno aquário da ZdB, sala de que gosta muito.
Sala completamente cheia, para duas horas de grande música, por parte de um excelente músico.

16/07/14

Setlist... Arctic Monkeys

Setlist do concerto dos Arctic Monkeys, no Optimus Alive 2014

Do I Wanna Know?
Snap Out Of It
Arabella / War Pigs
Brianstorm
Don't Sit Downs Cos I've Moved Your Chair
Dancing Shoes
Crying Lightning
Knee Socks
My Propeller
I Bet You Look Good On The Dancefloor
Library Pictures
Fireside
No. 1 Party Anthem
She's Thunderstorms
Why'd You Only Call Me When You're High
Fluorescent Adolescent
505
Encore
One For The Road
I Wanna Be Yours
R U Mine?

15/07/14

Ao Vivo... Festival Optimus Alive 2014

Data - 12 de Julho de 2014
Local - Passeio Marítimo de Algés
Notas - O último dia da edição deste ano do Optimus Alive tinha como cabeça de cartaz um nome muito discutível: os britânicos The Libertines, grupo de enorme sucesso em terras de sua majestade mas que, em Portugal são pouco conhecidos, sendo-o, aliás, por questões extra-musicais, como por exemplo drogas e problemas com autoridades, mas aqui o que interessa é a vertente musical. A expectativa para este concerto residida no facto de o grupo há já muitos anos não tocar ao vivo, para além de não terem qualquer trabalho novo desde a edição de "The Libertines" de 2004, álbum que sucedeu a "Up The Bracket", com que se estrearam em 2002.
Para dar início ao dia, num final de tarde quente a anteceder uma noite que ficou fresca, nada melhor do que um concerto de Cass McCombs, com o seu country-rock suave, muito americano, que nos transporta por esse imenso país. No palco secundário foram poucos os que marcaram presença, e muitos deles estavam apáticos, sentados ou mesmo deitados no espaço, talvez fruto do cansaço e do desgaste que estes festivais causam, ou então por desconhecimento da obra de McCombs. Não era o espaço ideal para o seu estilo intimista, mas este músico nascido em 1977 e que já conta com sete discos editados não desiludiu, demonstrando ter potencial para ir mais longe, mas para isso terá de se soltar da forte influência folk americana e aventurar-se um pouco pelos campos do rock, como faz muito bem Adam Granduciel, líder dos The War on Drugs, que seriam os próximos a entrar em palco.
Trazendo na bagagem "Lost in The Dream", já considerado unanimemente pela crítica como um dos melhores discos deste ano, Adam Granduciel e os seus The War on Drugs, deram aquele que foi um dos melhores concertos da edição deste ano do festival. Apesar de curto, foi perfeito, com boa qualidade sonora e uma excelente banda em palco, uma banda coesa com grandes influências de Bob Dylan e um cheirinho a E-Stree Band. "An Ocean Between The Waves", "Eyes To The Wind" ou "Burning" foram alguns dos temas que nos levaram "coast to coast" ao longo de uma viagem imaginária por terras do Tio Sam, pelas imensas auto-estradas e desertos americanos, ficando a faltar, por exemplo, "Lost In The Dream", entre muitas outras canções de um dos mais geniais músicos americanos da actualidade que, em cada disco e momento, tem a capacidade de nos surpreender.
A primeira grande surpresa da edição deste ano, surgiu com Ruban Nielson, mentor e líder dos neozelandeses Unknown Mortal Orchestra. Com um início verdadeiramente assustador, com um som péssimo, sem quaisquer graves e ainda por cima com o facto de "ter de se levar" com a sonoridade dos Bastille que actuavam no palco principal, chegou-se a temer o pior para este concerto. Mas não, a meio da segunda música os problemas de som foram resolvidos e, apesar de em certos momentos serem audíveis as sonoridades dos Bastille.
Riley Geares na bateria e Jake Portrait no baixo, acompanharam Ruban Nielson na guitarra naquilo que quase se pode considerar uma Jam Session. Quem conhece os dois discos editados pela banda e assistiu a esta actuação ficou, seguramente, estupefacto com o desempenho do grupo. Se em disco as canções surgem um pouco fechadas e limitadas, ao vivo a banda transcende-se completamente, improvisando e alongando imenso, com solos fabulosos por parte de Nielson e não deixou de ser curioso que quando começou a actuação do grupo, o aspecto do recinto fosse desolador, e com o decorrer da mesma, o público foi-se aproximando, enchendo por completo o espaço. Sem dúvida alguma, a maior surpresa do festival, e também um dos melhores concertos.
Ainda sob o efeito do excelente concerto proporcionado pelos Unknown Mortal Orchestra, no palco principal era chegada a vez dos Foster The People, grupo formado no ano de 2009 em Los Angels.
Com dois discos modestos na bagagem, "Torches" de 2011 e "Supermodel" de 2014, o grupo apresentou um concerto simples, com o seu pop muito certinho e dançável, repleto de influências de grupos como os Killers ou Coldplay. Excessivamente pop, dir-se-á, mas o certo é que foi um daqueles concertos que não ficará no ouvido, e daqui um par de meses já ninguém se lembrará do que viu. É a pequena diferença entre um bom e um mau concerto.
E, finalmente, para fechar a edição deste ano do Optimus Alive, a escolha podia ter sido melhor. Não se entende o motivo de o cabeça de lista deste último dia serem os "The Libertines", a não ser que exista por parte da organização um piscar de olho ao mercado britânico, o que fará algum sentido com vista à pretensa internacionalização do evento, internacionalização essa mais visível de ano para ano.
Quanto ao concerto dos The Libertines, foi fraco. O grupo liderado por Pete Doherty e Carl Barat não teve a capacidade de transportar para a plateia a força e energia dos seus discos, e isso notou-se, pois não conseguiram entusiasmar e prender o público, sendo visível que, à medida que iam tocando os temas dos dois álbuns editados, o público ia abandonando o recinto, e no final, a plateia estava muito, mesmo muito vazia, para quem era suposto ser um "cabeça de cartaz".
Má opção por parte da organização.

14/07/14

Ao Vivo... Festival Optimus Alive 2014

Data - 11 de Julho de 2014
Local - Passeio Marítimo de Algés
Notas - Segundo dia da edição de 2014 do Festival Optimus Alive. Como era previsível, este dia teve muito menos público do que o anterior, e à hora que os The Last International entraram em palco, ainda sob o intenso sol de final de tarde e do calor abrasador se faziam sentir, o aspecto era próximo de desolador. Pouco público e, para além disso, mais preocupado em colocar a conversa em dia e tirar umas selfies. Um público apático, e nem a interacção do grupo, do qual qual fazem parte dois descendentes lusos, nem o incentivo ao protesto ao som de uma "Grândola, Vila Morena" cantada a Cappella e da declaração do guitarrista  Edgey Pires "vamos protestar, fazer barulho contra esse Passos Coelho", foram suficientes para empolgar os espectadores. No entanto, ficou a ideia que numa sala mais pequena, a música do grupo deve resultar, agora num espaço de grande dimensão e inserido num festival isso não acontece, tendo sido visível o crescendo do desinteresse do público.
Depois do inconsequente concerto dos The Last Internationale, num dos outros palcos actuava um dos grupos mais aguardados do dia, os norte-americanos Parquet Courts que apresentaram alguns temas de "Light Up Gold" de 2012 e "Sunbathing Animal" de 2014, os dois únicos discos editados pelo grupo e que foram muito bem recebidos pela crítica. Apesar dessa boa receptividade, foi evidente o desconhecimento de muitos dos espectadores em relação à música de Andrew Savage, Austin Brown, Max Savage e Sean Yeaton.
Exceptuando os riffs de guitarra, fortes e bem executados, o grupo que momentaneamente nos trouxe à memória o som dos "Pavement", por exemplo, não conseguiu cativar o público, sendo este um dos contras dos festivais, ou seja, o facto de, quem organiza, ter um pouco a exagerada preocupação de anunciar que num determinado evento estão presentes mais de 100 ou 150 bandas, essa obsessão torna-se improcedente e origina que, por vezes, bons grupos que poderão proporcionar excelentes concertos, acabem por se perder num emaranhado de bandas, e muitas vezes acontece que quem está a assistir a determinado concerto, não conhece uma única música desse grupo e, das duas uma: ou o grupo tem a força de os poder, digamos, converter, ou o desinteresse acaba por sobressair, e foi exactamente isso que aconteceu por parte dos espectadores, e quem está em palco apercebe-se disso.
Apesar destes condicionantes, foi um bom concerto, competente, e ficou a ideia que numa sala de média dimensão, por exemplo Espaço TMN ou Aula Magna, teria sido fabuloso. Resta aguardar.
Depois da actuação dos Parquet Courts, era tempo de rumar até ao palco principal, onde já estavam a actuar os também norte-americanos MGMT, detentores de dois excelentes discos "Oracular Spectacular" de 2008 e "Congratulations" de 2010, e ainda do menos conseguido "MGMT" de 2013. Apesar de terem mais público do que os seus conterrâneos Parquet Courts, também oriundos da cidade de Brooklyn, os MGMT não conseguiram agarrar o público, mesmo com um alinhamento em jeito Best Of que percorreu a obra do grupo. Apesar disso, o desinteresse do público foi crescendo e, para o final, era evidente que muita gente estava lá para ver os senhores que se seguiam: The Black Keys.
Juntos há treze anos, Dan Auerbach e Patrick Carney não desiludiram. Para quem os viu há algum tempo no Pavilhão Atlântico, este concerto ficou aquém das expectativas; para quem nunca os tinha visto, como é o caso, foi muito bom.
Enquanto Carney demonstra ser um baterista de excelente nível, Auerbach mostra-se com um dos melhores guitarristas rock da actualidade, com nítidas influências de Jimmy Page. Escusado será dizer que o alinhamento do concerto percorreu grande parte da obra do duo, incidindo principalmente no "El Camino" de 2011, e será sintomático o facto que só perto de metade do concerto, tenham sido tocados temas do novo disco editado este ano "Turn Blue", cujo sucesso ficou longe do esperado.
De forma inteligente, o duo soube escolher a sequência perfeita para as músicas, de modo a não existirem quebras de reacção por parte do público, nem as normais debandadas em festivais depois de se ouvirem as músicas mais conhecidas. Essa foi a razão para, por exemplo, "Lonely Boy", ter sido tocada perto do final, a anteceder o encore, que surgiu um pouco por surgir, já que após este tema ocorreu a tal debandada.
Sem serem os vencedores da noite, os cabeça de cartaz The Black Keys, num dia com muito menos público do que o anterior, deram um excelente concerto e o único ponto negativo que se pode apresentar ao duo, foram as pausas demasiado longas entre algumas canções que, como é natural, provocaram quebras de ritmo junto do público, naturalmente cansado.
Se os The Last Internationale foram inconsequentes, os Parquet Courts competentes mas o público algo absorto, os MGMT sem nada de empolgante, os The Black Keys com quebras de ritmo, os Buraka Som Sistema podem ser considerados como os vencedores da noite.
Durante mais de uma hora, perante uma plateia algo despida após The Black Keys, o projecto de Blaya, Conductor e Kalaf conseguiu empolgar o público, com grande ritmo do primeiro ao último momento, fazendo com que o Passeio Marítimo de Algés se tornasse numa gigante pista de dança, apesar do cansaço, e aconteceu o "dois em um". Se por um lado, em palco, estava um grupo disposto a proporcionar uma excelente noite com alguns clássicos da banda intervalados com temas do mais recente disco, nem o facto de o volume estar um pouco mais baixo do que era aconselhado impediu que a comunidade africana dançasse daquele modo que só eles sabem e isso foi outro espectáculo dentro do próprio concerto, criando-se espaços em que as pessoas dançavam, brincavam e eram felizes, ao som dos Buraka Som Sistema. Grande concerto.

11/07/14

Ao vivo... Festival Optimus Alive

Data - 10 de Julho de 2014
Local - Passeio Marítimo de Algés
Notas - O primeiro dia do Festival Optimus Alive 2014 , como é hábito, esgotou.
Pelo que foi possível ver durante a noite, analisando a movimentação do público no recinto, o estar esgotado ficou a dever-se não só aos Arctic Monkeys, mas também ao Imagine Dragons.
Confesso que foi com alguma surpresa que verifiquei que a banda norte-americana, liderada pelo vocalista Dan Reynolds, conseguiu arrastar uma imensidão de fans que dançou, vibrou e cantou, durante todo o concerto, e no final foi evidente a debandada de grande parte da assistência, debandada essa que tornou a simples tarefa de aproximação ao palco - para quem queria ver em melhor posição os Interpol - numa missão, não impossível, mas, extremamente difícil e morosa.
Imagine Dragons
Pacientemente, foi possível a aproximação ao palco para, dessa forma, arranjar melhor colocação e, simultaneamente, livrar-me de muitos "papagaios" que insistiam em falar um pouco de tudo, mas no fundo de nada, incomodando "apenas" os outros. Uma praga... como as selfies.
Os Interpol foram os vencedores da noite. Com um alinhamento em jeito de "Best Of" - pena que "Pioneer To The Falls", tenha ficado de fora - os Interpol deram um concerto bom e competente, apesar da apatia do público que, aos poucos, foi-se desinteressando, uns pelo evidente cansaço visível em alguns rostos, outros porque estavam lá para ver Arctic Monkeys. Fosse este concerto "em nome próprio", numa sala mais pequena, na qual pudéssemos sentir toda a densidade da música do grupo, teria sido excelente, já que para além da perfeição da execução musical, Paul Banks esteve extremamente bem-disposto e comunicativo, o que não é muito normal.
Apesar de um bom concerto e do alinhamento perfeito, no qual foram incluídos alguns temas do álbum "El Pintor", a editar brevemente, ficou evidente que a música do grupo chegou (ou aproxima-se) a um beco sem saída, pois torna-se muito igual e repetitiva, graças, não só à monocórdica voz de Paul Banks (apesar de bem colocada e de bom timbre), mas também em virtude do constante dedilhar de guitarras, mas, no entanto, não deixa de ser estranho que, mesmo com estas "condicionantes", os Interpol continuem a proporcionar excelentes momentos musicais, com uma música forte.
Interpol
A seguir aos Interpol, entraram em palco os Arctic Monkeys, as estrelas da noite. Ao fim de 11 anos de carreira e 5 discos editados, a banda inglesa continua a praticar um rock simples e directo, com uma legião de fans impressionante. Apesar de nunca terem voltado a atingir o nível dos primeiros discos, quer de "Whatever People Say I Am, That's What I'm Not" de 2006, ou "Favourute Worst Nightmare" de 2007, os seus trabalhos continuam a ser de bom nível e a ter boa receptividade.
Quanto ao concerto, ficou a ideia que o grupo não consegue agarrar o público, exceptuando, obviamente, os fiéis seguidores. Em certos momentos, parecia que o público ficava absorto, e para além disso, algumas das pausas que o grupo fez foram um pouco longas, acabando por originar uma quebra de ritmo. Não sendo propriamente um grande fan do grupo liderado por Alex Turner, reconheço grande mérito na sua carreira e discos. No entanto, ao vivo, podiam ir mais longe.
Arctic Monkeys
Neste Primeiro dia, houve ainda tempo para ver um pouco do concerto dos Temples, no palco secundário. Do pouco que vi, gostei. No início deste ano, os Temples editaram "Sun Structures", álbum considerado pela crítica especializada, um dos melhores discos do corrente ano. No Festival Primavera Sound de Barcelona deste ano tive a oportunidade de ver o concerto todo, debaixo de chuva torrencial, mas valeu a pena.
Temples
Ainda no palco secundário actuaram os The 1975, grupo formado em Inglaterra em 2002 e que lançou recentemente um álbum homónimo. Um concerto com bom ritmo de uma banda que se mostrou maravilhada com a recepção do público e, como forma de agradecimento, entregaram-se "de corpo e alma", repletos de energia, agarrando os espectadores até ao fim. 
The 1975

Nota final - Quanto à organização do Festival Optimus Alive, devia ser corrigida a questão da troca de pulseira, pois não é admissível que, para o fazer, tenhamos de estar cerca de 40 minutos numa fila.

07/07/14

Ao vivo... Tó Trips

Data - 04 de Julho de 2014
Local - Galeria Zé dos Bois
Notas - Concerto intimista de Tó Trips, um dos membros dos Dead Combo. Basicamente acústico, numa noite quente de verão, num aquário cheio, acabou por ser um concerto algo monótono.
Na primeira parte actuou o guineense Bubacar Djabaté, um mestre do balafon, para momentos que nos levaram, pelo menos em imaginação, a essa ex-colónia portuguesa, numa viagem pelos ritmos  e sons africanos.

03/07/14

Ao vivo... Guardian Alien

Data - 02 de Julho de 2014
Local - Galeria Zé dos Bois
Notas - Oriundos de Brooklyn, Greg Fox e Alex Drewchin proporcionaram uma noite agradável, quer pela música executada quer pela empatia com o público que fez questão de encher a pequena sala.
Na primeira parte tocaram os portugueses Equations para apresentação do seu novo trabalho discográfico.