12/12/11

Ao vivo... Roger Waters

Data - 22 de Março de 2011
Local - Pavilhão Atlântico
Notas - Depois do excelente concerto do dia anterior, fui assistir, novamente, a mais um concerto de Roger Waters. Mais uma vez, um concerto perfeito, sem qualquer falha, e com um som de grande qualidade, algo raro no Pavilhão Atlântico.

09/12/11

Setlist... Smashing Pumpkins

Setlist do concerto dos Smashing Pumpkins, no dia 08 de Dezembro, no Campo Pequeno.

01 - Quasar
02 - Panopticon
03 - Starla
05 - Greek USA
06 - Muzzle
07 - Window Pane
08 - Lightning Strikes
09 - Soma
10 - Siva
11 - Oceania
12 - Frail and Bedazzled
13 - Silverfuck
14 - Pinwheels
15 - Pale Horse
16 - Thru The Eyes Of Ruby
17 - Cherub Rock
18 - Tonight, Tonigh

Encore

19 - Today
20 - Zero
21 - Bullet with Butterfly Wings

03/12/11

Ao vivo... Rock Rendez Vous


No ano de 1981, foram vários os concertos a que assisti no Rock Rendez Vous. Como não tenho os bilhetes, coloco um cartaz feito na altura no qual constavam todos os concertos desse ano.

02/12/11

Ao vivo... Girls

Data - 29 de Novembro de 2011
Local - Discoteca Lux
Notas - Não fosse o imenso número de convites atribuídos para este concerto, e a sala da discoteca Lux teria uma aspecto desolador. A título de curiosidade, é de referir que após o primeiro controle à entrada da discoteca é criada uma nova fila no cimo das escadas, à espera da abertura da sala onde se vai realizar o concerto; nesse local, a fila dos convites era praticamente do tamanho da dos pagantes. Se por um lado isto tem algo de positivo, pois dessa forma a sala fica "mais composta", por outro lado não deixa de ser relevante o facto de estar tão pouca gente (pagante) para assistir ao concerto. Se são ou não sinais de crise, desconheço, mas um facto é que não existiu grande promoção a nível da imprensa, e como se sabe, a maior parte dos jornais em Portugal, só fala deste tipo de eventos, caso existam "contrapartidas"; realço, por exemplo, a ausência de qualquer crónica no site da Blitz. A esta falta de divulgação, junta-se ainda o facto de o grupo não ser muito conhecido em Portugal, apesar de ter dois excelentes discos editados, "Album" em 2009 e "Father, Son, Holy Ghost" em 2011, ambos uma presença assídua nas diversas listas de melhores discos dos respectivos anos.

Relativamente ao concerto, e como já foi referido, a sala estava com uma assistência razoável, para uma noite de boa música num ambiente que só não foi intimista pois a música dos Grils não se proporciona a isso, com o seu rock / pop com uma sonoridade característica indie, sempre com uns laivos de revivalismo, a fazer lembrar alguma da música das décadas de 60 e 80.
Não sendo um concerto de grande nível, foi bom; no entanto, nem o facto de esta sala ter a característica de não existir qualquer separação entre o palco e o público, fez com que o grupo tivesse qualquer tipo de interacção com os fans que se divertiram, mais por força das devoção e das excelentes músicas, do que pela prestação do grupo que se limitou a tocar de forma perfeita, as canções dos seus dois trabalho já editados. Podia, no entanto, ter existido algo mais, mas não sei se pela timidez da banda, ou por alguma frieza de parte do público isso não aconteceu, transparecendo a ideia de que, em palco, o grupo ainda não está a funcionar na sua plenitude, não conseguindo tirar partido das excelentes canções de que dispõe.
Ao todo, tocaram 16 temas curtos (excepção de "Vomit"), fáceis e agradáveis, mas não deixa de ficar uma certa preocupação quando ao futuro do grupo, pois parecem estar numa encruzilhada de onde não vai ser fácil sair, pois se os dois discos já editados conseguiram fazer parte das lista de melhores dos respectivos anos, a perspectiva em termos de futuro é que a carreira do grupo entre no estilo "mais do mesmo", apesar de já terem conseguido ultrapassar a síndrome do primeiro álbum.
Resta aguardar pelo próximo disco, para a confirmação da qualidade e longevidade da banda.

30/11/11

Setlist... Girls

Setlist do concerto dos Girls na discoteca Lux, no dia 29 de Novembro. No encore, tocaram ainda Saying I Love You, Darling e Forgiveness.

28/11/11

Ao vivo... Roger Waters

Data - 21 de Março de 2011
Local - Pavilhão Atlântico
Notas - Se a perfeição existe, no que à música diz respeito, o disco "The Wall" dos Pink Floyd é um desses casos, e mais de 30 anos após a sua edição, contínua a ser um disco excelente e intemporal, sendo um exemplo do que pode ser apelidado de "arte em forma de música". Sei que a música é uma arte, mas a dos Pink Floyd, vai muito além disso.
Quando existe um quadro emblemático, por exemplo de Da Vinci ou Van Gogh, quanto mais olhamos para ele mais gostamos, pois vamos descobrindo pormenores fascinantes que aumentam, ainda mais, a sua beleza e a sua magia.
A música dos Pink Floyd é isso: é arte. Como eu costumo dizer: há música, e há Pink Floyd.
Nesta tournée, Roger Waters conseguiu retratar em palco, ao mais ínfimo pormenor, o disco e o filme The Wall, sendo que se o disco foi e continua a ser um sucesso estrondoso, sendo mesmo um dos mais vendidos de sempre da história da música, já o filme foi um tremendo fracasso, mas com o passar do tempo vai-se impondo, como um "objecto" de culto.
Este concerto foi perfeito, com um som excelente (coisa rara no Pavilhão Atlântico), com Roger Waters rodeado de excelentes músicos e com um efeito cénico que nos transportou para o filme.
Para este primeiro dia, posicionei-me do meio da sala, para ter uma perspectiva completa do palco e de todo o cenário envolvente, e foi algo inesquecível, pois para além de estar a ouvir na perfeição um dos melhores discos de sempre, foi como se estivesse a ver o filme "The Wall". Um espectáculo de grande nível, onde não existiu qualquer falha, qualquer pormenor que não fosse feito na perfeição, e foi por causa dessa "excessiva" perfeição que afirmei logo no início que "a perfeição existe", não está é ao alcance de todos... só dos génios, e os Pink Floyd e Roger Waters são alguns deles.

22/11/11

Rosebuds - Loud Planes Fly Low

No mês em que celebraram o seu casamento, Maio de 2001, Ian Howard (voz e guitarras) e Kelly Crisp (teclados), decidiram formar os Rosebuds, em Wilmington, na Carolina do Norte.
Sem nunca abdicarem do conceito de duo, convidam Billy Alphi para baterista do grupo, e em 2003 editam através da conceituada label Merge, o primeiro longa-duração do grupo, “The Rosebuds Make Out”, disco que foi muito bem recebido pela crítica e pelos circuitos da música independente americana. Após a edição deste disco, Alphi, deixa o grupo e é substituído por Jonathan Bass, que mais tarde é substituído por Waters Lee para a gravação do segundo disco do grupo, “Birds Make Good Neighbors”, em 2005, disco este que ficou um pouco aquém do seu antecessor.
Com uma cada vez maior predominância do conceito duo, a música do grupo torna-se muito mais introspectiva e pessoal, e o grupo vai colmatando a parte da bateria através de convites que vão sendo feitos a vários músicos, à medida que vai sendo necessário. É neste espírito que é editado o terceiro disco, “Night Of The Furies” em 2007, com Matt McCaughan na bateria e os Shout Out Louds no apoio ao nível de coros, o que acaba por se tornar uma mais valia para a música e sonoridade do duo.
Em 2008 é editado “Life Like”, e após a edição deste disco Howard junta-se a um novo projecto, os “Gayngs”, uma espécie de super-grupo de que também faz parte Bon Iver e que edita "Relayted" em 2010, dentro de um estilo totalmente diferente dos Rosebuds, mais próximo do Trip-Hop, e para além deste novo projecto e, para além disto, Howard e Kelly divorciam-se mas decidem manter o grupo.
É com toda esta envolvência e ambiente que é elaborado, produzido, e editado já em 2011, este “Loud Planes Fly Low”, para o qual convidam Chris Stamey e BJ Burton, como produtores. A música do grupo surge diferente, mais calma e mais melódica, como se fosse necessário aos elementos do grupo relaxarem.
Composto por dez temas calmos, vozes e melodias suaves, quase ausentes de densidade com excepção de "Woods" e "A Story", trata-se de um disco extremamente agradável de se ouvir e sentir, pois é bastante melódico e intimista.

01 - Go Ahead
02 - Limitless Arms
03 - Second Bird of Paradise
04 - Come Visit Me
05 - Without a Focus
06 - Waiting for you
07 - Woods
08 - A Story
09 - Cover Years
10 - Worthwhile

Nota - 7.7 /10

21/11/11

Setlist... GNR

Alinhamento do concerto dos GNR, no Coliseu de Lisboa:

Reis do Roque
Video Maria
Sete Naves
Asas Eléctricas
Efectivamente
Ana Lee
Bellevue
Sangue Oculto
Piloto Automático
Mais Vale Nunca
Vocês
Burro em Pé
Pronúncia do Norte
Cais
Voos Domésticos
Las Vagas
Únika
Popless
Morte ao Sol
Dunas
Inferno

Encore

Sangue Oculto (versão original)
Espelho Meu / Portugal na CEE
Sexta-feira

20/11/11

Ao vivo... GNR

Data - 19 de Novembro de 2011
Local - Coliseu de Lisboa
Notas - "Lisboa longe de mim": frase utilizada por Rui Reininho, durante o excelente concerto no Coliseu dos Recreios, em Lisboa. Rui Reininho é conhecido, apreciado e odiado pelas farpas que vai lançando durante os concertos dos GNR. Se há quem as aprecie, como é o meu caso, também existe quem não goste e, talvez por isso, muito dificilmente os GNR conseguem encher os concertos em Lisboa.
O Coliseu estava cheio, mas ficou a ideia que muita da gente que lá estava era por ter obtido bilhetes de forma gratuita através de passatempos ou convites, e como tal não foi possível deixar de reparar que mais para o final do concerto, junto aos encores, já existissem bastantes lugares nas bancadas e nas galerias, o que na minha opinião é sintomático, pois quem gosta de um grupo e vai a um concerto desse mesmo grupo, não abandona a sala antes daquele acender de luzes, a partir do qual a nostalgia começa a substituir o prazer do momento que passámos.
Relativamente ao concerto, propriamente dito, e estabelecendo a inevitável comparação com o do Porto no passado fim-de-semana, ficou a sensação de que neste concerto não existiu o ambiente de festa que houve no Porto. No Porto houve uma festa de aniversário com um concerto em que se cantaram os parabéns ao grupo de forma respeitosa; em Lisboa houve um concerto para celebrar o aniversário de uma banda.
Um Rui Reininho igual a si próprio, com uma voz que não perde a qualidade e o timbre, apesar dos anos que vão passando e que, ao fim de 30 anos, continua excelente, bem como a sua presença em palco, onde o seu estilo muito próprio e sedutor fazem com que seja extremamente difícil desviar o olhar da sua presença, enquanto Tóli César Machado (único elemento da formação original), discreto como sempre, mantém a jovialidade inicial, mantém o prazer de estar em palco, sempre com uma expressão de orgulho e felicidade por poder continuar a tocar os muitos êxitos intemporais desta grande banda, êxitos que têm perdurado no tempo e que, seguramente, se vão perpetuar, tal como a imagem de um Jorge Romão sempre com uma energia impressionante, mesmo ao fim de 30 anos, e que contínua a estar em palco com o prazer de outrora, como se continuasse a ser um miúdo, como se não tivesse crescido, e nós gostamos, gostamos dessa sensação de recuo no tempo que a música dos GNR transmite, e isso faz-nos pensar que, como eles dizem, "mais vale nunca mais crescer" e continuar a desfrutar dos pequenos e grandes prazeres da vida, e um desses prazeres é ouvir a música dos GNR e recuar no tempo, sempre com um pequeno brilho nos olhos e uma expressão de felicidade.
Na primeira parte actuaram os Capitães da Areia, com um estilo musical pop-rock, com uma pequena fusão com ritmos de world-music. Parece ser um grupo com possibilidades de obter algum sucesso, se bem que um pouco mais de humildade não ficava mal.

16/11/11

Ao vivo... Scorpions

Data - 11 de Novembro de 2011
Local - Pavilhão Atlântico
Notas - Pavilhão Atlântico esgota para uma viagem no tempo, uma viagem pela música de um grupo que já conta com mais de 40 anos de carreira. Os Scorpions formaram-se no final dos anos 60 e editaram o seu primeiro trabalho de originais em 1972 "Lonesome Crow". Desde essa altura foram editados mais de duas dezenas de discos de estúdio e alguns discos ao vivo que venderam mais de 100 milhões de unidades.
Para além disto, o grupo conseguiu manter um nível de qualidade razoável, pois se não apresentou muitos discos deslumbrantes, diga-se em abono da verdade que também não apresentou grandes decepções em matéria musical.
Alguns discos de grande brilhantismo, como por exemplo, "In Trance" (1975), "Lovedrive (1979), "Blackout" (1982), "Love At First Sting" (19884) ou "Crazy World (1990), alternaram com discos mais fracos como por exemplo "Rock Galaxy" (1980), Pure Instinct (1996) ou "Eye II Eye" (1999). Uma carreira longa e brilhante, repleta de sucessos que todas as pessoas conhecem, que percorreram e vão continuar a percorrer várias gerações.
E essa longevidade do grupo foi algo que se viu nesta noite no Pavilhão Atlântico, com gente de todas as idades que se divertiu ao longo das duas horas de um concerto que, sem ser memorável, vai ficar para memória futura.
O inicio mais rock do concerto pode ter surpreendido alguns fans, mas não podemos esquecer que os Scorpions são um grupo basicamente de rock que, apesar disso ou talvez por isso, tem baladas lindíssimas. Quem é que não gosta de Still Loving You, Wind of Change, ou Holiday? Duvido que exista alguém que o afirme ou que não saiba parte das suas letras.
Uma setlist de luxo e um alinhamento perfeito, proporcionaram um excelente concerto.

15/11/11

Sigur Rós - Inni

Este é o primeiro trabalho ao vivo editado pelos islandeses Sigur Rós. Se nos registos em estúdio os créditos do grupo já estavam mais do que confirmados através da edição de vários discos, todos eles de grande qualidade, a expectativa para a edição de um trabalho ao vivo era imensa, pois podia surgir uma certa dificuldade do grupo conseguir reproduzir a sua sonoridade intimista num ambiente ao vivo, o que felizmente não se verificou.
A excelente e melodiosa voz de Jónsi, a perfeição da execução musical, e a sonoridade do grupo, estão presentes neste disco ao vivo, como se de um disco de estúdio se tratasse.
Já tive a oportunidade de assistir a um concerto dos Sigur Rós, no dia 16 de Julho de 2006 no Pavilhão Atlântico, e recordo-me que na altura fiquei extremamente surpreendido por o grupo conseguir transpor para o conceito "ao vivo" os trabalhos de estúdio, com um preciosismo impressionante, o que faz com que não possa considerar uma grande surpresa a sonoridade do grupo neste "Inni".
É lógico que a música dos Sigur Rós, dada a sua complexidade e o seu cariz conceptual, não se pode enquadrar naquele género que se possa ouvir em qualquer altura ou qualquer lugar, pois é preciso existir um ambiente adequado e uma fonte sonora de qualidade para, desse modo, se poder desfrutar de toda a sua magia e qualidade.
Apesar de não ser um disco composto por temas originais, e devido a toda a sua envolvência, é um disco altamente recomendável, do qual não é possível destacar um ou outro tema, pois a música deste grupo e toda a sua obra, primam por uma enorme complexidade que só a enaltece. Sendo um estilo música que não tem rigorosamente nada de comercial, é fascinante.
"Inni" é um disco duplo, ao vivo, que merece toda a atenção.

Svefn-g-englar
Glósóli
Ny Batteri
Fljóavik
Vlô Spilum Endalaust
Hoppipolla
Meô Blóônasir
Inni Mér Syngur Vitleysingur
E-Bow
Saeglópur
Festival
Hafsol
All Allright
Lúppulagió

Nota - 7.5/10

Setlist... Scorpions

Setlist do concerto dos Scorpions no Pavilhão Atlântico, no dia 11 de Novembro de 2011

14/11/11

Ao vivo... GNR

Data - 12 de Novembro de 2011
Local - Coliseu do Porto
Notas - Grande... grande festa. Esta é a melhor definição que encontro para descrever o que se passou no Coliseu do Porto neste dia 12 de Novembro.
Perante uma sala esgotada, Rui Reininho, Jorge Romão e Toli César Machado (único elemento que vem da primeira formação do grupo), acompanhados por excelentes músicos, proporcionaram ao imenso público que esteve presente, uma noite memorável.
Claramente a "jogar em casa", durante duas horas e uma setlist que percorreu toda a carreira do grupo, os GNR estiveram em excelente nível com um som muito bom, salvo duas ou três pequenas falhas.
Um alinhamento brilhante, sem quebras de ritmo e sempre com o humor cirúrgico e irónico de Rui Reininho, fizeram desta noite algo memorável, quer para o público quer para o grupo, pelo menos a julgar pelo ar de felicidade espelhado nos rostos.
Apesar de ser extremamente difícil destacar algum momento em particular deste concerto, não posso deixar de referir como alguns dos mais altos da noite, o regresso de Tóli à bateria nos temas Piloto Automático e Mais Vale Nunca, a Pronúncia do Norte com o Coliseu ao rubro, e Efectivamente, tema dedicado aos senhores que mandam na Europa.
Durante duas horas, o grupo celebrou em palco os seus 3o anos, e foi mesmo uma celebração em forma de concerto, ao qual não faltaram os parabéns, convidados, nem as garrafas de champanhe.
Na primeira parte actuaram os Salto, um grupo que começa agora a sua carreira e que ambiciona chegar à mesma idade dos GNR. Um duo a ter em conta.
P.S. - Segue-se no dia 19 de Novembro o concerto no Coliseu de Lisboa.

13/11/11

Setlist... GNR

Setlist do concerto dos GNR no Coliseu do Porto, dia 12 de Novembro de 2011

05/11/11

Walkabouts... Travels In The Dustland

Seis anos após a edição do seu último álbum de originais, "Acetylene", os Walkabouts estão de regresso às edições discográficas, com um disco surpreendente.
Este "Travels In The Dustland" surpreende, não porque exista uma inovação na música do grupo, ou surja algum pormenor peculiar em termos de produção ou sonoridade. Nada disso: este disco surpreende pelo seu equilíbrio, pela sua vertente melodiosa e sedutora, e pela sua qualidade.
Os Walkabouts, formaram-se em 1984 na cidade de Seattle. que na altura vivia o período áureo do grunge. Mais de vinte e cinco anos depois, o grupo liderado por Chris Eckman e Carla Torgerson continua a ter a capacidade de nos presentear com bons discos, e demonstrar que a sua criatividade se mantém incólume.
"Travels In The Dustland" é composto por onze canções, algumas cantadas por Carla Torgerson, outras por Chris Eckman e uma delas em forma de dueto.
Logo a abrir o disco, surge "My Diviner", com o som de uma slide guitar que permanece durante toda a música a servir de base à sedutora voz de Carla, num tema em jeito de balada, daquelas que só eles sabem fazer tão bem e que nos cativam à primeira audição.
Em "The Dustlands" e "Soul Thief", é a vez de Chis Eckan entrar em acção para dois temas menos calmos, mas sempre melódicos e com bons pormenores em termos instrumentais. Se no segundo tema do disco a voz de Chris aparece algo distorcida, o que na minha opinião era perfeitamente evitável, já em "Soul Thief", um tema forte para espectáculos ao vivo, aparece naquele tom a que nos habituou, quer como membro dos Walkabouts, quer na sua carreira a solo.
Segue-se "They Are Not Like US", que nos traz um dos momentos mais belos do disco. Carla, num tema extremamente calmo, é acompanhada básicamente por um piano, e em algumas partes ouve-se a voz de Chris em jeito de sussurro, numa canção maravilhosa e com o poder de nos relaxar, aquele poder que só algumas canções têm, e só alguns músicos o conseguem transmitir.
Os Walkabouts são peritos nisso, mas também são peritos em nos despertar para a realidade e fazer com que voltemos a vibrar com temas mais enérgicos como "Thin Of The Air", com a predominância da voz de Carla acompanhada pelo sussurro de Chris, desta feita num tema mais ritmado e com uma excelente parte orquestral. Não sendo um dos bons temas do disco, ouve-se com bastante agrado, bem como o tema que se segue, "Rainmaker Blues", cantado por Chris e onde são visíveis algumas influências que o grupo tem de Blues. No entanto, estes dois temas são, na minha opinião, os menos conseguidos deste disco.
Segue-se o tema mais longo do disco, "Every River Will Burn", e, como em todos os temas longos da discografia dos Walkabouts, ficamos maravilhados com os pormenores musicais das guitarras que só este grupo consegue fazer, principalmente através dos "dedos" de Carla Torgerson. Aquela forma de tocar em que se entra no acorde seguinte sem se sair do anterior é algo que a mim me fascina, e Carla Torgerson faz isso melhor do que ninguém, criando um elo de ligação entre cada acorde. Neste tema, o solo de Carla pode estar longe do brilhantismo de "Train to Mercy" do álbum "Scavenger", mas é na mesma fabuloso, como fabuloso é o solo do tema seguinte, "No Rhyme, No Reason", cantado por Chris Eckman, num estilo mais rock, e que antecede o melhor tema deste disco, a balada "Wild Sky Reverly". Com um fundo musical em que sobressai o som da slide guitar e de um piano, a voz de Carla Torgerson é simplesmente bela, numa canção ideal para ouvir num bar em ambiente de fim de noite, quando os nossos corpos estão cansados de mais um dia em que sobrevivemos num mundo cada vez pior, numa sociedade sem valores. Esta música tem o dom de conseguir com que nós a interiorizemos, e dessa maneira transporta-nos para longe, não para um mundo perfeito pois esse não existe, mas sim para um ambiente em que nos conseguimos alhear das coisas más que nos rodeiam, e são estes pequenos momentos e prazeres que fazem com que a música deste grupo seja, acima de tudo, bela.
Depois de um raro momento de beleza, eis que surge "Long Drive In a Slow Machine", cantado por Chris Eckman naquele que será, seguramente, o melhor tema deste disco para ser tocado ao vivo. Bem ritmado, um refrão fácil e contagiante, a boa voz de Chris Eckman e um excelente solo de guitarra de Carla Torgerson, fazem com que este seja o eleito para para criar um ambiente de apoteose em final de concerto.
E, para terminar, nada melhor do que mais uma balada, desta vez em jeito de dueto, com Chris e Carla. "Horizon Fade", não sendo um tema brilhante, é aquele tipo de canção que num disco pode ser entendido como uma espécie de agradecimento por parte do grupo a quem os ouviu, mas quem tem de agradecer, é quem ouve, pois a música dos Walkabouts faz-nos felizes.

01 - My Diviner
02 - The Dustlands
03 - Soul Thief
04 - They Are Not Like Us
05 - Thin Of The Air
06 - Rainmaker Blues
07 - Every River Will Burn
08 - No Rhyme, No Reason
09 - Wild Sky Reverly
10 - Long Drive In a Slow Machine
11 - Horizon Fade

Nota - 9/10

P.S. - Vi Walkbouts no dia 09 de Outubro de 2009 na Aula Magna em Lisboa, no dia 10 de Outubro no Hard Club em Vila Nova de Gaia e no dia 12 de Agosto de 2000 em Paredes de Coura.
Espero que voltem a Portugal este ano, ou em 2012. Se vierem, eu vou.

31/10/11

Ao vivo... Joe Jonas, Britney Spears

Data - 28 de Outubro de 2011
Local - O2 Arena - Londres
Notas - Este foi o primeiro concerto a que fui, em que o motivo da ida não era o artista principal, mas sim um dos artistas secundários, neste caso Joe Jonas um dos membros dos Jonas Brothers.
Joe Jonas lançou este ano o seu primeiro trabalho a solo e, como já referi várias vezes neste blog, apesar de não ser apreciador da sua música, reconheço que em palco apresenta-se sempre em bom nível, com boas actuações. Embora tenha estado em palco somente 30 minutos, a actuação de Joe Jonas conseguiu prender o público e, perante uma O2 Arena longe de estar cheia, Joe conseguiu entusiasmar e fazer esquecer a péssima actuação do primeiro grupo do dia, as Destinee & Paris, duo feminino do pior que já vi, num playback musical total, e em algumas partes também vocal. Parecia que estávamos numa sessão de um Eurofestival da Canção de quinta categoria, naquele que já figura como o pior concerto que vi, até ao dia de hoje.
Depois da tempestade das Destinee & Paris, veio a bonança pela voz de Joe Jonas e passado cerca de 30 minutos de intervalo, com a tipica pontualidade britânica, eis que entra em palco a americana Britney Spears, para um concerto morno em jeito de grande produção, no que a cenários diz respeito. Musicalmente foi um concerto pobre, com uma Britney a demonstrar grandes debilidades vocais e algum estagnamento em termos de carreira. O bom espectáculo cénico foi, na minha opinião, prejudicado por projecções de pequenas histórias que pretendiam criar no mesmo, uma espécie de enredo mas que - e repito, na minha opinião - acabaram por prejudicar o concerto, pois alguns desses "Interludes" eram demasiado longos e aborrecidos.
Briney Spears pode não ter desiludido, mas de certeza absoluta que, pondo os fanatismos de lado, também não deslumbrou ninguém, e Britney Spears está cada vez mais longe de poder ser considerada aquilo com que sempre sonhou: ser a rainha da pop.
Apesar de ter uma carreira de mais de dez anos, durante os quais conseguiu manter um certo equilíbrio em termos de edições musicais regulares, a sua música caiu num marasmo do qual está a ser extremamente dificil sair; cada vez mais, a música de Britney Spears é aquilo que se pode considerar "mais do mesmo".

30/10/11

Pulseira... O2 Arena

Pulseira do concerto de Destinee & Paris, Joe Jonas e Britney Spears na O2 Arena, em Londres.

26/10/11

Tom Waits - Bad As Me

Apesar de já andar nisto há cerca de 40 anos e de contar com mais de 20 discos de originais editados, sempre que se suspeita estar para breve a edição de um novo disco de Tom Waits, a expectativa é imensa.
Desde o dia em que se começou a levantar a ponta do véu sobre "Bad As Me", até à sua edição, a curiosidade de o ouvir (para não dizer devorar) foi crescendo e, finalmente, é agora possível apreciar o mais recente trabalho deste génio nascido em 07 de Dezembro de 1949.
"Bad As Me" surge sete anos após o último trabalho de originais, "Real Gone" e, ao terminar uma primeira audição do disco, a reacção é imediata e espontânea: estamos perante um Tom Waits ao seu melhor nível. Quarenta anos volvidos, a sua música continua a ser de grande qualidade e inconfundível, como acontece logo com o tema de abertura "Chicago", e que nos leva a pensar que Tom Waits regressa a uma base musical de Blues, apesar da aparente anarquia que é a sua música, anarquia essa que continua em "Raised Right Men", tema em que se sente o respirar do Blues ouvido nos bares norte-americanos, aqueles bares que nos acostumámos a ver nos filmes, onde a música soa de forma suave, com um leve toque de Jazz, em versão Cabaret.
A primeira grande surpresa do disco, surge logo à terceira música, "Talking At The Same Time", uma balada bonita em que Tom Waits aparece com uma voz extremamente melódica e suave, uma voz muito diferente daquela com que o identificamos, uma voz que torna esta música uma das mais belas deste disco, um disco onde a anarquia musical de Waits alterna frequentemente com baladas deliciosas, algumas quase com espírito natalício.
Se ao ouvirmos temas como "Chicago", "Raised Right Men", "Get Lost", "Bad As Me", "Satisfied" e "Hell Broke Luce", deparamos com o Tom Waits do costume na já referida anarquia musical muita vez apelidada de esquisita, se bem que desta vez numa base rítmica Blues, em temas como "Talking At The Same Time", "Face To The Highway", "Play Me", "Back In The Crowd", "Kiss Me", "Last Leaf", "New Year's Eye", somos transportados de uma forma suave e inebriante para os bares e para as paisagens norte-americanas, para aquelas viagens que fazem parte do nosso imaginário.
A voz de Tom Waits, mesmo a mais "agressiva", consegue irradiar ternura e, ao fazê-lo, torna-se bela e mágica.

01 - Chicago
02 - Raised Right Men
03 - Talking At The Same Time
04 - Get Lost
05 - Face To The Highway
06 - Pay Me
07 - Back In The Crowd
08 - Bad As Me
09 - Kiss me
10 - Satisfied
11 - Last Leaf (dueto com Keith Richards)
12 - Hell Broke Luce
13 - New Year's Eye

Nota - 9/10

24/10/11

Ao vivo... Cheikh Lô

Data - 12 de Agosto de 2011
Local - Centro Cultural de Belém
Notas - Uma sala com pouco público e em que os presentes, apesar do entusiasmo demonstrado, não se chegaram a "soltar" ao ponto de participarem no espectáculo, permanecendo sentados durante toda a noite, salvo algumas excepções que logo no início se levantaram e foram para as laterais dançar, interiorizando o verdadeiro espírito da música africana, que nos impede de estar quietos.
Quanto a Cheikh Lô, fez-se acompanhar por um leque de excelentes músicos que interagiram imenso com o público, algo que Cheikh Lô não conseguiu. Reservado e discreto, senhor de uma excelente voz, o músico cumpriu o seu papel na perfeição, pelo menos no que à vertente musical dizia respeito, e era isso que interessava.
Uma excelente noite ao som da World Music, algo que devia haver com mais frequência em Portugal, e Cheikh Lô demonstrou o porquê de ser considerado um dos melhores músicos africanos da actualidade.

21/10/11

Recortes... Cheikh Lô

Impresso entregue à entrada do concerto de Cheikh Lô no Centro Cultural de Belém.

13/10/11

Ao vivo... Festival Paredes de Coura 2011

Data - 18 de Agosto de 2011
Local - Praia do Taboão - Paredes de Coura
Notas - Crónica já publicada neste blog.

07/10/11

Ao vivo... George Michael

Data - 24 de Setembro de 2011
Local - Biskaia Arena (Bilbao)
Notas - Crónica já publicada neste blog.

05/10/11

Pulseira... Festival Paredes de Coura

Pulseira Festival Paredes de Coura. Edição 2011

27/09/11

Setlist... George Michael (Bilbao)

Setlist do concerto de George Michael, na Biskaia Arena (Bilbao), dia 24 de Setembro de 2011

Through
My Baby Just Cares For Me (Nina Simone Cover)
Understand
Cowboys and Angels
Going to a Town (Rufus Wainwright Cover)
Kissing a Fool
Let Her Down Easy (Terence Trent D'Arby Cover)
You Have Been Loved
Idol
Brother Can You Spare a Dime (Bing Crosby Cover)

Patience
John and Elvis
Roxanne (Police Cover)
Wild is The Wind
A Different Corner
Where I Hope You Are
You've Changed
True Faith (New Order Cover)
Love Is a Losing Game
Russian Roulette (Rihanna Cover)
Praying For a Time
Feeling Good (Nina Simone Cover)

Amazing /I'm Your Man / Freedom

I Remember You
Free (Instrumental)

26/09/11

Ao vivo... George Michael

Data - 24 de Setembro de 2011
Local - Biskaia Arena - Barakaldo (Bilbao)
Notas - Desengane-se quem julga que ao fim de mais de 30 anos de concertos, nos quais já foram vistos mais de mil grupos ou músicos, ainda surjam alguns espectáculos com a capacidade de nos surpreender, principalmente pela positiva.
O concerto que George Michael deu no dia 24 de Setembro em Barakaldo, Bilbao, na Biskaia Arena, acabou por ser, não somente uma excelente surpresa, mas também a confirmação de que, apesar de uma ausência de três anos dos palcos e da ausência de qualquer disco de originais nos últimos sete anos, a música, a presença e a voz de George Michael continuam a estar repletas de encanto e sedução.
Depois da ascensão vertiginosa na sua carreira, primeiro com os Wham e depois a solo, George Michael passou por fases bastante conturbadas, nas quais se envolveu em escândalos de cariz sexual, problemas com álcool e alguma dependência de drogas e, após tantos anos de interrupção e de escândalos, o músico de origem grega, de nome Georgios Kyriacos, regressa neste ano de 2011 para uma série de 25 concertos, nos quais é acompanhado por uma orquestra de 40 elementos, à qual junta o grupo que habitualmente o acompanha.
Um total de 50 músicos em palco, interpreta temas antigos dos Wham e da carreira de George Michael a solo, misturando-os com imensas versões de canções imortalizadas por outros músicos de relevo, como por exemplo Nina Simone, Rihanna, Bing Crosby, New Order, Elton John ou Amy Winehouse, entre outros.
Perante uma plateia de cerca de cinco mil pessoas, durante pouco mais de duas horas, George Michael revisitou esses temas, alterando-os mas sem perderem a identidade, dando-lhes o encanto da música clássica e beneficiando da excelente acústica da Biskaia Arena, à qual juntou, em jeito de “cereja no topo do bolo”, a sua extraordinária voz que... continua a ser perfeita.

Trough, foi o tema que deu início a uma noite de boa música, com George Michael a surgir, elegante e todo vestido de negro, por trás da cortina em forma de círculo que rodeava o palco. Ao longo da noite, e sem dar pelo passar do tempo, o público esteve completamente absorto e siderado com a presença do músico e com a sua voz que acabou por ser uma das surpresas (em jeito de confirmação) da noite, dada a sua excelência.
Quer nas versões, quer nos temas do próprio músico, a voz esteve muito bem, sendo uma voz sentida, a tal ponto que, nem com o uso de vocoder em "True Faith" ou em "Where I Hope You Are", essa sensibilidade não foi desvirtuada. "Where I Hope You Are", foi o único tema original da noite, dedicado ao seu namorado, e que aguarda a respectiva edição discográfica.
Com direito a dois encores, logo no início do primeiro George Michael "soltou-se" e, enquanto se libertava das amarras do classicismo musical, libertava também a sua alma mais funky e soul, com os temas "I'm Your Man" e "Freedom", em que houve grande envolvimento do público que, também ele, soltou-se e levantou-se para cantar e dançar algumas das músicas que o fez vibrar no passado, demonstrando que a música de George Michael continua actual, como também George Michael demonstrou continuar a ter o mesmo prazer por estar em palco, a cantar e a dançar. mostrando muitas vezes um sorriso de felicidade nos lábios, o mesmo sorriso que o público apresentava durante as canções.
Para terminar, e em jeito de sobremesa, como que para aumentar ainda mais o êxtase do público, a orquestra que o acompanhou tocou "Free", totalmente instrumental, no momento em que o público abandona a magnífica sala,

22/09/11

Recortes... REM

Os REM, foram uma das maiores bandas dos últimos anos. Não faço esta afirmação na sequência do anúncio feito pelo grupo, pois sempre os considerei, juntamente com os Rolling Stones, uma das duas últimas grandes bandas (no activo) da história da música.
Sem a longevidade dos Stones, a banda liderada por Michael Stipe, formou-se em 1980 e editou 15 álbuns de originais, entre os quais destaco "Murmur (1983)", "Reckoning (1984)" e o incontornável "Automatic For The People (1992)", numa carreira repleta de êxitos e belíssimas canções, magistralmente executadas por excelentes músicos.
Tive a felicidade, pois foi disso que se tratou, de os ter visto ao vivo duas vezes, nos anos de 1999 e 2005, no Pavilhão Atlântico. Lembro-me perfeitamente da presença de Michael Stipe em palco, do virtuosismo de Peter Buck na guitarra, e do inesquecível Mike Bills, um dos melhores baixistas que tive a oportunidade de ouvir tocar. Pelo grupo passou ainda Bill Berry, que se retirou da música em 1997.
Ontem, dia 21 de Setembro de 2011, foi anunciado o fim do grupo, o fim de uma das maiores bandas dos últimos anos, mas que nos deixou um "legado" de 15 discos, alguns deles intemporais e que continuaremos a ouvir com o mesmo prazer de sempre.

22/08/11

Ao vivo... Festival Paredes de Coura

Data - 18 de Agosto de 2011
Loca - Paredes de Coura
Notas - Primeiro dia (sem contar com o da recepção ao campista) da edição deste ano do Festival Paredes de Coura, que decorre no belo cenário da Praia do Taboão.
Crystal Stilts
O início do dia no palco principal, deu-se ao som dos Crystal Stilts que deram um concerto morno, mas ideal para um final de tarde. Com inicio às 18.30, ainda estava pouco público dentro do recinto, pois a maior parte optou por estar a banhos no Rio Coura, tal o calor que se fazia sentir, acabando por ser uma boa opção. Após a curta actuação dos Crystal Stilts, entraram em palco os Twin Shadow.
Twin Shadow
Com um início de concerto a fazer temer o pior pois ficou a ideia que o soundcheck não tinha sido feito, já o final esteve em excelente nível terminando o concerto em jeito de apoteose musical com o tema "Forget" que dá o nome ao único disco de originais editado por esta banda liderada por George Lewis JR.. Apesar de ter sido um espectáculo agradável, ficou a ideia de que é um grupo que dificilmente irá para além do conceito de festivais.
Warpaint
No alinhamento do dia, seguiu-se o quarteto feminino, originário de Los Angels, Warpaint. Se, em certos momentos pareceu existir alguma dificuldade em cativar o público, um pouco graças ao estilo musical do grupo que pratica com uma música repleta de grandes doses de experimentalismo, outras alturas há em que o público fica completamente absorto com o desenvolvimento e a toada que o grupo dá aos temas, com experimentalismos bem coordenados que se aproximam de um abismo onde tudo se deita a perder, mas que conseguem manter um elo entre esses momentos, elo esse que dá extraordinária beleza à música de um grupo que se revelou uma agradável surpresa.
Blonde Redhead
À medida que nos aproximávamos do momento alto da noite (o regresso dos Pulp a Portugal), a bonita e sedutora voz de Kazu Makino, não foi suficiente para considerar este como o concerto da noite, ou um dos concertos da noite. Talvez por se estar ainda um pouco sobre o efeito que as Warpaint tiveram no público, os Blonde Redhead não deslumbraram, apesar de terem estado em bom nível com os temas muito bem interpretados e com algumas boas doses de improvisações. Quer Kazu Makino quer Amedeo Pace estivem bem a nível vocal e instrumental, mas deviam ter tido alguma interacção com o público, que teria facilitado bastante a entrega dos espectadores. Para se ter uma ideia, o primeiro obrigado surgiu aos 40 minutos. Está certo que não estão lá para falar, mas um pouco de interacção não ficava mal.
Pulp
Eram 00.30 minutos, quando os Pulp entraram em palco para um concerto memorável. Pedindo desde logo desculpas pelo ligeiro atraso, o grupo liderado por Jarvis Cocker, encantou e deliciou todos aqueles que foram ao anfiteatro natural de Paredes de Coura para os ver. Com um alinhamento em jeito de Best Of, o grupo percorreu toda a carreira, mas os momentos altos foram com os temas de "Different Class", trabalho editado em 1995. Disco 2000, Something Changed, Mis-Shapes e tantos outros temas, funcionaram como a cereja no topo do bolo para uma noite de boa música, com um Jarvis Cocker extremamente comunicativo, simpático e brincalhão. Um grupo em grande forma, que tive a oportunidade de ver em Junho, num concerto no Hyde Park em Londres, e de rever novamente em Paredes de Coura. Os alinhamentos não foram iguais, mas em termos de concerto, arrisco a afirmar que este de Paredes de Coura, foi superior ao de Londres, muito devido à entrega de Jarvis Cocker. Se tiver que ser destacado um tema de toda a actuação dos Pulp, esse tema é This Is Hardcore que, ao vivo, funciona na perfeição.

12/08/11

Recortes... Cheik Lô

Cheik Lô N'Digel, nasceu no dia 12 de Setembro de 1955, no Burkina Faso. Apesar da sua naturalidade, em termos musicais o seu estilo aproxima-se mais da música do vizinho Senegal, país para onde foi viver muito cedo.
Cheik Lô, pegou na característica musica senegalesa, "Mbalax", e deu-lhe um toque que acabou por a tornar mais comercial, mas desse modo permitiu que esse género musical tão característico e complexo, com uma batida muito própria - um 4/4 quase anárquico -, ficasse mais acessível para a parte ocidental de África, e também para o resto do mundo.
Se por um lado Youssou N'Dour, aproveitando essa batida, tentou dar um toque mais ocidental à sua música com algum sucesso, e apadrinhado por Peter Gabriel, já Cheik Lô conseguiu igualmente esse feito, mas curiosamente chegou a uma maior fatia de público. A isso não devem ser alheias as raízes de ambos os músicos, pois Youssou N'Dour está mais preso às suas origens, o que é excelente pois desse modo a genialidade e a pureza da sua música continuam incólumes.
Autodidacta, Cheik Lô aprendeu a tocar bateria e guitarra sozinho, tendo começado como baterista e percussionista em alguns grupos, e mesmo após a sua mudança para Dakar em 1980, continua como baterista numa banda residente no Savana Hotel.
Em 1985, emigra para França, onde compra a sua primeira guitarra e a sua carreira musical começa a ganhar contornos em termos internacionais, e nesse ano edita uns primeiros temas numa cassete que obtém algum sucesso.
Finalmente em 1996, grava o seu primeiro disco, "Ne La Thiass". Produzido por Youssou N'Dour, o disco é muito bem aceite pela crítica e isso proporciona a Lô a primeira digressão europeia, na qual obtém um considerável sucesso que faz com que as portas da internacionalização se abram de modo definitivo. Graças a isso, a sua música tem percorrido os quatro cantos do mundo.
Em termos de lançamentos discográficos, Cheik Lô tem mantido alguma regularidade, sem nunca se deixar cair num exagero de lançamentos.
É um pouco da sua obra, que vai ser possível ouvir no Centro Cultural de Belém hoje, dia 12 de Agosto de 2011.

Discografia

1996 - Ne La Thiass
2000 - Bambay Gueej
2000 - Inedits
2006 - Lamp Faal
2010 - Jamm

11/08/11

Peter Murphy - Ninth

Sete anos após a edição do seu último disco "Unshaterred", Peter Murphy regressa com este "Ninth".
Apresentando uma sonoridade ligeiramente diferente, "Ninth" é composto por onze temas que Peter Murphy tem tocado nos seus espectáculos, e isso nota-se, com uma música mais densa e com um sobressair de guitarras a que não estávamos habituados nos mais recentes trabalhos do músico.
"Ninth" é um trabalho de estúdio mas com pormenores de disco ao vivo, funcionando não como algo que se possa dizer fechado, mas sim solto, em que os músicos não parecem estar amarrados a algo pré-definido, pois o ambiente dos espectáculos ao vivo é recriado perfeitamente.
Se é possível afirmar que existe uma ausência de temas com melodias sedutoras, como por exemplo "Subway" ou "Cuts You Up", que têm uma sonoridade inebriante, já a voz de Peter Murphy continua excelente, desta vez abrilhantada por uma estrutura musical diferente e que acaba por aproximar Murphy do movimento gótico, fazendo jus à fama de que ele e os seus "Bauhaus" são os pais desse movimento.
Lembro-me de há uns anos ter assistido a um concerto de Peter Murphy no Festival do Sudoeste, e a entrada do músico em palco, por coincidência, foi acompanhada por um nevoeiro cerrado que cobriu parte da Herdade da Casa Branca. O seu corpo esguio, aliado à sua característica voz e ao ambiente criado pelo nevoeiro, deram origem a um dos melhores momentos musicais e cénicos de que lembro.
A música deste "Ninth" é isso tudo, escura e melodiosa, densa e sedutora, mística e forte, que proporcionará, seguramente, grandes espectáculos ao vivo.
Um excelente disco que termina com uma canção do melhor que Murphy fez até hoje, "Crème de la Crème".

01 - Velocity bird
02 - Seesaw Sway
03 - Peace To Each
04 - I Spit Roses
05 - Never Fall Out
06 - Memory Go
07 - The Prince & Old Lady Shade
08 - Uneven & Brittle
09 - Slowdown
10 - Secret Silk Society
11 - Crème de La Crème

Nota - 8.5/10

10/08/11

Bonde Redhead - Penny Sparkle

A sonoridade, o experimentalismo e a melodiosa voz de Kazu Makino em alguns temas, fazem com que os Blonde Redhead sejam, muitas vezes, comparados aos Sonic Youth, se bem que a a música deste grupo não tenha tanto experimentalismo, nem brilhantismo, como a dos Sonic Youth.
Os japoneses Kazu Makino (guitarra e voz) e Maki Takahashi (baixo), juntaram-se aos italianos Simone (bateria) and Amedeo Pace (guitarra e voz) para formarem o grupo em 1993, lançando o primeiro disco, "Blonde Redhead", em 1995 e com produção de Steve Shelley, baterista dos Sonic Youth, o que talvez tenha influenciado a sonoridade da banda. Algum tempo após a edição deste trabalho, Takahashi abandona o grupo, continuam o mesmo como trio, o que acontece até aos dias de hoje.
Pelo caminho, editaram regularmente vários discos, mantendo um nível bastante equilibrado e sem altos e baixos. Chegam a Paredes de Coura com este "Penny Sparkle", um disco com o espírito dos Sonic Youth, simultaneamente melodioso e experimental, mas que garante a ausência de qualquer devaneio mais tresloucado, sendo expectável um concerto fabuloso.

01 - Here Sometimes
02 - Not Getting There
03 - Will There Be Stars
04 - My Plants Are Dead
05 - Love or Prison
06 - Oslo
07 - Penny Sparkle
08 - Everything Is Wrong
09 - Black Guitar
10 - Spain

Nota - 8/10

09/08/11

À margem... Festival do Sudoeste 2011

Fui a onze das quinze edições que houve até hoje do Festival do Sudoeste na Zambujeira do Mar. Só não fui este ano pois, para aém de não gostar de nenhum dos grupos ou músicos que ia actuar na Herdade da Casa Branca - com excepção dos National e Interpol - não tenho paciência para o comportamento quase irracional da maior parte dos jovens que vai a este festival.
Hoje em dia, este festival apresenta-se, não como um evento onde se vai para ouvir música , mas sim como um evento onde há música e ao qual as pessoas vão, na sua maioria, com o objectivo de se embebedarem de forma irresponsável; pelo menos é a ideia com que transparece.
Conheço quem lá vá e que não sai do parque de campismo durante os dias todos em que decorre o que é suposto ser um festival de música; vejo pessoas a atirarem pela vedação do recinto - pois caso contrário seriam retidas à entrada pelos seguranças - garrafas de refrigerantes cheias de vinho, que depois devoram de forma inconsciente, até ficarem quase inconscientes; pessoas que mal se aguentam em pé e que acabam por cair para o chão, inanimados; mas também vejo quem está lá para se divertir e quer ouvir a música que passa nos diversos palcos (às vezes mal situados), e essas pessoas não o conseguem fazer, pois estão constantemente a ser incomodadas por esses outros, que devido ao seu estado não conseguem respeitar ninguém, nem têm a noção das suas atitudes.
Não sou nenhum puritano, mas não posso deixar de considerar decadente o espectáculo que se vê no recinto, não espectáculo musical (já de si fraco), mas sim o espectáculo humano, se é que as atitudes de alguns jovens que por lá andam, têm algo de humano.
É algo deplorável, e é pena que os jovens que vão ao Sudoeste (e não só) não se saibam divertir sem uma bebedeira ou um charro (quando não é o caso de ser algo mais forte).
Como em tudo, é lógico que existem excepções e quem as pratica, seguramente que daqui a muitos anos lembrar-se-á e terá a felicidade de recordar os bons momentos que lá passou, enquanto que quem opta "pelo outro lado" (álcool e outros produtos) de forma inconsciente, de certeza que não se vai lembrar de nada.
Opções.

Ao vivo... Arcade Fire

Bilhete do concerto que os Arcade Fire tinham previsto para Lisboa, no dia 18 de Novembro de 2010 e que foi cancelado devido à realização da cimeira da NATO.
Para a primeira parte deste concerto estava prevista a actuação dos canadianos Fucked Up.

Crystal Stilts - In Love With Oblivion

E continuando a viagem por alguns discos dos grupos que vão actuar no palco principal do Festival de Paredes de Coura, no próximo dia 18 de Agosto, é chegada a vez dos Cristal Stilts, que são, na minha opinião o grupo mais fraco deste dia.
O grupo formou-se no ano de 2003 em New York, com Brad Hargett e JB Townsend. Gravaram os primeiros trabalhos, singles e EPs, durante o ano de 2004 e o primeiro CD foi editado em somente em 2008, "Alight of Night".
Na sua essência, os Crystal Stilts são um duo, mas para os espectáculos ao vivo recorrem a músicos convidados, mais ou menos fixos, como Kyle Forester nas teclas, Andy Adler no baixo e o "Vivian Girls" Frankie Rose na bateria. Este agrupamento de músicos acaba por participar na gravação deste "In Love With Oblivion" e mais tarde Frankie Rose abandona o grupo, entrando para o seu lugar Keegan Cooke.
A música dos Crystal Stilts tem evidentes influências de Jesus and Mary Chain ou Birthday Party, mas é um estilo de música simultaneamente oco e inócuo. Não chega a ser enfadonha, mas também não tem aquela potência e aquele poder de nos surpreender. Ouve-se, mas apesar dos dois trabalhos do grupo terem sido muito bem recebidos pela crítica especializada, não acredito na longevidade da música do grupo.

01 - Sycamore Tree
02 - Through The Floor
03 - Silver Sun
04 - Alien Rivers
05 - Half a Moon
06 - Flying Into The Sun
07 - Shake The Shackles
08 - Precarious Stair
09 - Invisible City
10 - Blood Barons
11 - Prometheus At Large

Nota - 6/10

08/08/11

Twin Shadow - Forget

Retomando a viagem pelos trabalhos dos grupos que vão tocar no Festival de Paredes Coura - no dia 18 de Agosto, dia que tem como cabeça de cartaz os Pulp - é chegada a vez de prestar alguma atenção a Twin Shadow, projecto de George Lewis Jr., músico nascido na República Dominicana, residente na Flórida e que foi descoberto pelos Grizzly Bear.
Num género musical próximo do Chillwave, a música de Twin Shadow acaba por ser algo revivalista, e não passam despercebidas de ninguém as influências de alguma da música pop que se fez nos anos 80, principalmente aquele estilo musical que surgiu e que já tinha algumas influências da New Wave. Uma voz algo grave, melodiosa e assente numa estrutura musical também ela melodiosa e por vezes com alguns temas dançáveis, não sendo de estranhar um certo "bater de pé" em algumas das canções deste Forget, editado em 2010, que acaba por se tornar um disco bastante agradável, equilibrado, e do qual é difícil apontar algum tema que possa ser apelidado de tema forte do álbum, bem como escolher um tema que possamos considerar fraco.
É um disco que justifica alguma atenção, e estamos em crer que George Lewis Jr., dará um bom concerto em Paredes de Coura.

01 - Tyrant Destroyed
02 - When We're Dancing
03 - I Can't Wait
04 - Shooting Holes
05 - At My Heels
06 - Yellow Ballon
07 - Tether Beat
08 - Castles In The Snow
09 - For Now
10 - Slow
11 - Forget

Nota 8/10

07/08/11

Pulseira... Festival Super Bock Super Rock

Pulseira do super Bock Super Rock, edição de 2011

06/08/11

La Habana Canta Sabina

Depois de ter iniciado uma viagem (ao som dos Warpaint) por alguns dos álbuns dos agrupamentos que vão estar em Paredes de Coura no dia 18 de Agosto, não resisto a fazer uma primeira interrupção para divulgar este disco (projecto) de homenagem a um dos melhores cantautores (cantantes) espanhóis, Joaquin Sabina.
Senhor de uma extensa obra em que alguns momentos menos felizes são esquecidos com o brilhantismo da maioria das suas canções, Joaquin Sabina continua a encantar com as suas canções, normalmente enriquecidas por belíssimos poemas, nos quais a sua voz caracteristicamente rouca funciona como uma "cereja no topo de um bolo".
Foram dez das imensas canções de Sabina, que foram reinventadas por um conjunto de músicos cubanos, com o som característico de cuba, mas sem as canções perderem a sua identidade e qualidade.
La Habana canta Sabina é um excelente disco para quem aprecia a música de Sabina, aqui com um toque cubano.

01 - Una Cancion para La Magdalena (Pablo Milanés)
02 - Quien Me Ha Robado El Mes de Abril (Kalunga)
03 - Que Se Llama Soledad (Haydée Milamés)
04 - Contigo (Jessica Rodriguez)
05 - Como Un Dolor de Muelas (Ivett Cepeda)
06 - A La Sombra de Un Leon (Amaury Perez)
07 - La Cancion Mas Hermosa Del Mundo (Buena Fe)
08 - A La Sombra de Un Leon (Pancho Amat Y El Cabildo Del son)
09 - 19 Dias Y 500 Noches (Frank Fernández)
10 - Tan Joven Y Tan Viejo ( Carlos Varela)

Nota 8/10

05/08/11

Warpaint - The Fool

O quarteto feminino Warpaint, oriundo de Los Angels, vai passar por Paredes de Coura, no dia em que tocam os Twin Shadow, Blonde Redhead, Crystal Stilts e os Pulp.
Numa primeira fase, o grupo era constituído pelas irmãs Jenny Lee Lindberg (baixo) e Shannyn Sossamon (bateria), Emily Kokal (voz e guitarra) e Theresa Wayman (voz e guitarra). Posteriormente Shannyn Sossamon abandonou o grupo, entrando para o seu lugar Stella Mozgawa, e é essa a formação actual.
Após alguns EPs editados em 2009 e que obtiveram bastante sucesso junto da crítica especializada, o primeiro grande trabalho da banda surge em Outubro de 2010 e trata-se de uma agradável surpresa, numa toada extremamente melódica, num ambiente celestial criando uma atmosfera de art rock, repleta de ambiências simultaneamente sedutoras e relaxantes, dentro de um estilo que nos traz à memória os Mojave 3, Here We Go Magic (também tocam em Paredes de Coura no mesmo dia), Beach House ou mesmo os Mazzy Star na sua vertente mais calma.
Sem deslumbrar, seduz, e acho que vai ser um excelente concerto no idílico cenário de Paredes de Coura.

01 - Set Your Arms Down
02 - Warpaint
03 - Undertow
04 - Bees
05 - Shadows
06 - Composure
07 - Baby
08 - Majesty
09 - Lissie's Heart Murmur

Nota - 7/10

Ao vivo.... Festival Super Bock Super Rock 1996


Data - 21 e 23 de Junho de 1996
Local - Alcântara
Notas - Não tenho o bilhete desta edição do Super Bock Super Rock, que se realizou em Alcântara. Por lá passaram, sempre com pouco público presente, David Bowie, D.A.D, Delfins, Nefilim, Paradise Lost, Echobelly John Mayall, Neneh Cherry, Primitive Reason, Shane MacGowan, entre outros. As recordações que ficaram, para além do pouco público e do aspecto desolador do recinto no concerto de David Bowie, foi o espectáculo de um Shane Mac Gowan decrépito, um concerto aborrecido dos Delfins, um som ensurdecedor dos Nefilim e o bom concerto do "velhinho" John Mayall.

04/08/11

Washed Out - Within and Without

Se o destaque de ontem foi para um grupo com alguma experiência, os Jeff The Brotherhood, o de hoje vai para um estreante em termos dos chamados trabalhos de longa duração. Após alguns EPs editados, Ernest Greene grava finalmente o seu primeiro CD, este Within and Without, para a label Sub Pop, normalmente sinónimo de qualidade.
Se ontem foi apresentado um disco virado para o rock puro, já o de hoje segue para um campo completamente oposto, com um pop melodioso num estilo synth pop, com alguns momentos bastante agradáveis, mas que numa audição completa e sequencial do disco tornam-se algo aborrecidos; ou seja, é aquele tipo de disco que se ouvirmos quatro ou cinco temas seguidos torna-se agradável, mas se ouvirmos do primeiro ao último tema, torna-se aborrecido.
Apesar de tudo é um bom disco, principalmente para esta altura do ano, com uma música agradável que dá uma sensação de frescura.

01 - Eyes Be Closed
02 - Echoes
03 - Amor Fati
04 - Soft
05 - Far Away
06 - Before
07 - You And I
08 - Within and Without
09 - A Dedication

Nota - 7/10