09/08/11

À margem... Festival do Sudoeste 2011

Fui a onze das quinze edições que houve até hoje do Festival do Sudoeste na Zambujeira do Mar. Só não fui este ano pois, para aém de não gostar de nenhum dos grupos ou músicos que ia actuar na Herdade da Casa Branca - com excepção dos National e Interpol - não tenho paciência para o comportamento quase irracional da maior parte dos jovens que vai a este festival.
Hoje em dia, este festival apresenta-se, não como um evento onde se vai para ouvir música , mas sim como um evento onde há música e ao qual as pessoas vão, na sua maioria, com o objectivo de se embebedarem de forma irresponsável; pelo menos é a ideia com que transparece.
Conheço quem lá vá e que não sai do parque de campismo durante os dias todos em que decorre o que é suposto ser um festival de música; vejo pessoas a atirarem pela vedação do recinto - pois caso contrário seriam retidas à entrada pelos seguranças - garrafas de refrigerantes cheias de vinho, que depois devoram de forma inconsciente, até ficarem quase inconscientes; pessoas que mal se aguentam em pé e que acabam por cair para o chão, inanimados; mas também vejo quem está lá para se divertir e quer ouvir a música que passa nos diversos palcos (às vezes mal situados), e essas pessoas não o conseguem fazer, pois estão constantemente a ser incomodadas por esses outros, que devido ao seu estado não conseguem respeitar ninguém, nem têm a noção das suas atitudes.
Não sou nenhum puritano, mas não posso deixar de considerar decadente o espectáculo que se vê no recinto, não espectáculo musical (já de si fraco), mas sim o espectáculo humano, se é que as atitudes de alguns jovens que por lá andam, têm algo de humano.
É algo deplorável, e é pena que os jovens que vão ao Sudoeste (e não só) não se saibam divertir sem uma bebedeira ou um charro (quando não é o caso de ser algo mais forte).
Como em tudo, é lógico que existem excepções e, quem as pratica, seguramente que daqui a muitos anos lembrar-se-á e terá a felicidade de recordar os bons momentos que lá passou, enquanto que quem opta "pelo outro lado" (álcool e outros produtos), e de forma inconsciente, de certeza que não se vai lembrar de nada.
Opções.