31/12/14

Ao vivo... Fucked Up


Data - 06 de Setembro de 2014
Local - Irving Plaza - New York
Notas - Grande e envolvente concerto dos canadianos Fucked Up. O melhor de 2014.
Actuaram ainda os Pinback e os Speedy Ortiz.

Entrevista... Entrevista Go Graal Blues Band

Quinta parte de uma entrevista feita à Go Graal Blues Bando, no dia 17 de Abril de 1980

Perg. – Já aqui falamos da vossa passagem pela televisão. Em termos de rádio, já alguma vez participaram nalgum programa?
Resp. – Para a rádio nunca fizemos nada. Dá a ideia que estão mais preocupados com outras coisas.
Perg. – Com o Disco-Sound?
Resp. – Não diremos com o Disco-Sound, mas com o regressar à música Portuguesa dos anos 20 e 30 pois consideramos as vedetas Portuguesas dos anos 50 como se fossem dessa época. A música dos anos 50 é muito divulgada pela rádio.
Perg. – Mas se existissem ofertas, aceitavam-nas?
Resp. – Nós não consideramos isso uma oferta, porque não são precisas ofertas para ir à rádio. Isso até é capaz de haver muito, assim como ofertas para irmos lá tocar. Simplesmente aqueles indivíduos fazem um contrato, não uma oferta, para fazer um determinado trabalho e para determinada entidade. O que a rádio quer é obter o máximo pelo mínimo.

Fim

Entrevista feita no dia 17 de Abril de 1980, em Odivelas

30/12/14

Entrevista... Entrevista Go Graal Blues Band

Quarta parte de uma entrevista feita à Go Graal Blues Bando, no dia 17 de Abril de 1980
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Perg. – Para quando a edição de um novo LP?
Resp. – Um disco não sai quando as outras pessoas acham que deve sair, só porque já está na altura de se lançar outro. Não é assim, é quando nos sentimos bem com o trabalho que se pode fazer. Não se faz um trabalho porque o mercado exige ou porque determinadas pessoas possam exigir que a Go Graal mantenha um trabalho sistemático.
Perg. – O vosso primeiro disco vendeu-se bem?
Resp. – O disco vendeu-se bem para o mercado Português que geralmente consome mais o fado, as canções de embalar e a canção nacional ligeira. Para um mercado deste género, Blues, vendeu-se bem. Agora para um trabalho que consideramos da melhor qualidade desde sempre editada em Portugal, consideramos que se vendeu bem, porque os trabalhos de qualidade em Portugal têm vendas muito baixas e por vezes em quantidades menores que o nosso disco. Apesar da promoção ter sido fraca, o disco vendeu-se bem.
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29/12/14

Entrevista... Entrevista Go Graal Blues Band

Terceria parte de uma entrevista feita à Go Graal Blues Bando, no dia 17 de Abril de 1980

Perg. – Sentem-se influenciados por algum intérprete ou agrupamento musical, em particular?
Resp. – Temos uma cultura e como tal somos influenciados pelas pessoas que mais directamente nos dizem respeito.
Perg. – Isso a vível geral. Individualmente é diferente.
Resp.- Há um elemento, o Urial que é influenciado a 100% pelos Ramones, quer musicalmente quer como executante. Nós normalmente sentimo-nos influenciados por uma década de bons músicos, e não por músicos específicos. São essencialmente músicos que surgiram no final da década de 60 e até ao fim da de 70. A partir daí as nossas influências pararam.
Perg. – No vosso primeiro LP têm um tema intitulado “We Remenber M.W.”, que é dedicado a Muddy Waters. Porquê? Influência?
Resp. – Preferimos não falar nisso. Não nos referimos a um tema específico, porque não dá para analisar um disco assim, dá para analisar um trabalho de fundo e não um ou outro tema.
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28/12/14

Entrevista... Entrevista Go Graal Blues Band

Segunda parte de uma entrevista feita à Go Graal Blues Bando, no dia 17 de Abril de 1980


Perg. – O que acham do Movimento do Rock Português?
Resp. – Não existe.
Perg. – Já alguma vez existiu ou pensam que virá a existir?
Resp. – Não existiu e nem tão depressa virá a existir. Bem, existe um movimento Rock, não existe é uma cultura, mas movimento existe, pois a partir do momento em que há movimentação de grupos e de músicos, ele existe. A cultura rock é que não existe pois as pessoas não estão preparadas para aceitarem o rock como cultura.
Perg. – Vocês já participaram em três programas de televisão que foram o “Soltem o rock mas guardem-no bem”, o “Tal & Qual” e o “Sheiks com cobertura”. Acham que a TV deve-se abrir mais aos grupos de rock Portugueses?
Resp. – A televisão vai-se abrindo aos grupos portugueses, conforme vai levando aquelas tacadas que os próprios grupos vão dando à televisão.
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27/12/14

Entrevista... Entrevista Go Graal Blues Band

Primeira parte de uma entrevista feita à Go Graal Blues Bando, no dia 17 de Abril de 1980

Perg. – Quem é a Go Graal Blues Band?
Resp- Em termos de pessoas, na guitarra baixo temos o Tó Andrade, na harmónica o Paulo Gonzo, na bateria o Barrigas e nas guitarras o João Allain e o Urial. Em termos de grupo temos dois anos de existência, raízes no Blues e, portanto, a partir daí não temos comprometimentos com nenhuma forma musical e por isso vamos tocando aquilo para que estamos preparados e com que nos sentimos à vontade para tocar.
Perg. – Vocês vivem somente à custa da música, isto é são profissionais?
Resp. – Viver somente à custa da música não vivemos, mas somos profissionais, pelo menos em intenção.
Perg. - Mas em Portugal é difícil um grupo do vosso género musical sobreviver somente à custa da música?
Resp. – Não, não é difícil.
Perg. – Porque é que não cantam em Português? Será que a língua Portuguesa não se integra dentro espírito do Blues?
resp. – Não cantamos em Português, somente porque não nos apetece.
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22/12/14

Ao vivo... Mogwai

Data - 31 de Maio de 2014
Local - Parc Del Fòrum - Barcelona
Notas - Os escoceses de Glasgow, Mogwai, regressaram a Barcelona para apresentação do seu mais recente trabalho discográfico, "Rave Tapes", no entanto o seu post-rock experimental, progressivo e caótico, não foi suficiente para quebrar o gelo de uma fria noite de Maio.

19/12/14

Ao vivo... Arcade Fire

Data - 29 de Maio de 2014
Local - Parc Del Fòrum
Notas - O concerto dos Arcade Fire era, para uma grande parte do público, um dos mais aguardados desta edição, e o grupo não desiludiu. Impressionante, cheio de ritmo, do primeiro ao último minuto.

01 - Reflektor
02 - Flashbulb Eyes
03 - Neighborhood 3 (Power Out)
04 - Rebellion (Lies)
05 - Joan ofArc
06 - Rococo
07 - The Suburbs
08 - The Suburbs (Continued)
09 - Ready To Star
10- Neighborhood 1 (Tunnels)
11 - Neighborhood 2 (Laika)
12 - No Cars Go
13 - Haiti
14 - Keep The Car Running
15 - We Exist
16 - Afterlife
17 - It's Never Over (Oh Orpheus)
18 - Sprawl II (Mountains Beyond Mountains)
19 - Normal Person
20 - Here Comes The Night Time
21 - Wake Up

17/12/14

Ao vivo... Midlake

Data - 29 de Maio de 2014
Local - Parc Del Fòrum
Notas - Mais um grupo norte-americano, cuja música vagueia pelo folk-country, com alguns devaneios entre o experimentalismo e aquele rock tipicamente americano, que nos faz lembrar, em certas alguns, alguns temas de Neil Young. Não tendo sido um excelente concerto, não se pode dizer que tenha sido mau, no entanto as boas condições climatéricas com muito calor e, sendo um concerto durante a tarde, não ajudaram a que o público se rendesse aos Midlake.

12/12/14

Ao vivo... El Ultimo Vecino

Data - 29 de Maio de 2014
Local - Parc Del Fòrum
Notas - El Último Vecino é o projecto pessoal de Gerard Alegre Dòria, um dos músicos mais importantes da cena underground espanhola. Com uma música enraizada na electrónica dos anos 80, repleta de influências dos New Order ou Orchestral Manouvers In The Dark, os El Último Vecino, proporcionaram um concerto agradável, que nos fez recuar um pouco no tempo.

10/12/14

Ao vivo... Glasser

Data - 29 de Maio de 2014
Local - Parc Del Fòrum - Barcelona
Notas - Concerto morno dos Glasser. Musicalmente muito próximos do universo sonoro de Bjork, com inegáveis influências, a electrónica do grupo aliada à boa voz de Cameron Mesirouw não conseguiram empolgar o público, tornando-se ligeiramente aborrecido, num concerto de fim de tarde, início de noite.

09/12/14

Ao vivo... Follakzoid

Data - 29 de Maio de 2014
Local - Parc Del Fòrum
Notas - Os chilenos Follakzoid apresentaram-se em Barcelona com seu rock cósmico e psicadélico num concerto morno, principalmente devido ao desconhecimento da maior parte do público da obra deste grupo, que já conta com dois discos editados e que já recebeu alguns bons elogios da imprensa europeia, tendo o conceituado "The Guardian" dito que graças à música dos Follakzoid, o Chile era o "lugar do cosmic rock".

08/12/14

Entrevista... Mário Mata

Terceira parte de uma entrevista feita pelo autor deste blog ao Mário Mata, no início dos anos 80.
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Perg. – Agora estás na tropa. Não achas que isso possa ter atrapalhado um bocado a tua carreira?
Resp. – Não. Para mim, até foi bom ter desaparecido.
Perg. – Porquê?
Resp. – Para acalmar. Eu estava a ficar um bocado afanado da voz pois tocava todos os dias. Fez-me bem ter feito ginástica, coisa que já não fazia há muito tempo. Se a tropa empatou em alguma coisa foi em termos de tempo, mais nada.
Perg. – Através dos poemas tentas transmitir algo?
Resp. – Falo mais do quotidiano. Não dou mensagens.
Perg. – Não dás directamente, mas talvez dês indirectamente.
Resp. – Sim.
Perg. Porquê?
Resp. – Dei indirectamente no primeiro LP, mas neste que vai sair agora já vou dar directamente.
Perg. – Porquê essa mudança?
Resp. – No meu primeiro álbum estava mais calmo, menos maduro e as letras do primeiro álbum não estão bem trabalhadas, com excepção da “Sonata Da Má Vida” e do “Começamos a Flutuar”. No álbum anterior tinha um bocado de retranca.
Perg. O quê que te levou a não participar na maratona do “Musicalíssimo”?
Resp. – Eu estava com febre, rouco e um bocado em baixo. Inicialmente estava para ir actuar à noite e disse-lhes que ia da parte da tarde pois quando se está rouco, à tarde está-se sempre um bocado melhor. Mas como à tarde já estava muito afanado, ia para lá fazer figura de urso, todo afanado da voz, e isso não me ia dar gozo nenhum. Portanto, acho que quando as pessoas não estão em condições, não vão. Foi por isso que não fui. Quando ao facto de não telefonar a avisar, não o fiz, porque não tinha o número de telefone de Vila Franca e não ia lá avisar.
Perg. – Quais os teus projectos para o futuro?
Resp. – A curto prazo são, trabalhar no disco e fazer espectáculos. Tenho também em vista um mês de espectáculos nos EUA. Este projecto ainda está em negociações no que respeita a datas e caso exista uma pequena alteração nas datas, vou aceitar, o que por muito mau que fosse seria benéfico, pois tudo tem o seu lado positivo.

FIM

07/12/14

Entrevista... Mário Mata

Segunda parte de uma entrevista feita pelo autor deste blog ao Mário Mata, no início dos anos 80.
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Perg. – Actualmente estás em estúdio a preparar um novo trabalho, que sai em Maio. A linha musical desse LP, é diferente da do anterior?
Resp. – Tirando o “É Pá Desgraça”, praticamente tudo foge ao álbum anterior. O “É Pá Desgraça” é do tipo popular. Há três músicas tipo Blue Grass norte-americano e as restantes, uma é do tipo medieval, que se chama “Algarve e Tá Na Hora” e as outras são mais viradas para o Jazz. O álbum, possivelmente, chamar-se-á “É Pá Desgraça”.
Perg. – Esperavas que o “Não Há Nada P’ra Ninguém”, obtivesse o sucesso que obterve?
Resp. – O êxito, comercialmente falando, falhou, isto porque a música começou a ser badalada cerca de seis meses antes da saída do disco. O êxito já tinha acontecido antes do disco ter sido posto à venda, já tinha havido aquele impacto. Neste próximo trabalho as músicas só vão começar a ser divulgadas depois da saída do disco.
Perg. – Não vês a hipótese deste disco vir a ter umas vendas inferiores ao anterior?
Resp. – Pode se vender a mesma coisa e não ser um estouro. Acho que não vai ser nenhum estouro, mas não gosto de fazer previsões dessas.
Perg. – Não achas que este tempo todo que estiveste ausente, talvez tenha sido demasiado, e as pessoas tenham esquecido o Mário Mata?
Resp. – As pessoas não estão esquecidas e este espaço de tempo é preciso.
Perg. – Porquê?
Resp. – Eu acho que subi demasiado depressa, e agora quero entrar numa calma, subir aos poucos, e para isso as pessoas têm de estar preparadas. Acho que é preciso dar o espaço de pelo menos um ano para a música que quero fazer. Também quero mostrar às pessoas que o Mário Mata não é só o “Não Há Nada P’ra Ninguém”. Sou muito da opinião de se deixar o espaço de um ano, e acho que é o intervalo ideal.
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06/12/14

Entrevista... Mário Mata

Primeira parte de uma entrevista feita pelo autor deste blog ao Mário Mata, no início dos anos 80.

Mário Mata é um músico que somente há ano e meio é que começou a ser badalado cá no burgo. Apesar de ser pouco tempo, a sua importância já é grande e as músicas que toca são, na sua maioria, de grande qualidade. Antes da edição do seu primeiro LP “Não Há Nada P’ra Ninguém”, alguns de nós talvez já o conhecêssemos de o vermos a tocar nas esquinas das ruas ou no metropolitano, a pedir uma esmola para poder arranjar dinheiro para comer, para sobreviver. Actualmente encontra-se a preparar outro LP. Daí o justificar-se a entrevista.
Perg. – Antes de editares o “Não Há Nada P’ra Ninguém”, a tua experiência musical era tocares em bares ou na rua. Qual dos dois te dá mais prazer?
Resp. – Depende. Tocar nas ruas para mim representou uma época, como tocar nos bares representa outra. São coisas completamente diferentes. Acho que há dois pólos: há o tocar num palco num sítio em que não se gosta e depois há o vir para a rua convencer as pessoas. É melhor vir para a rua do que tocar num sítio que não se goste.
Perg. – Quando tocas na rua, as pessoas dão-te uma certa quantia em dinheiro, de livre vontade. Qual o que para ti tem mais significado: o que te é dado na rua por quem passa, ou o que te dá, por exemplo a TV, para ires lá gravar um programa?
Resp. – Acho que é um bocado difícil responder a isso. Por vezes, quando eu vinha para a rua, era para arranjar dinheiro para comer, cantava para sobreviver, mas havia outras alturas em que me apetecia vir desabafar com as pessoas. Acho que quando a TV quer que uma pessoa vá lá cantar tem que pagar, enquanto na rua as pessoas dão o que querem e de livre vontade. É capaz de ser mais importante o dinheiro que as pessoas dão na rua.
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05/12/14

Ao vivo... Caveman

Data - 29 de Maio de 2014
Local - Parc Del Fòrum
Notas - Entre um palco e outro, houve algum tempo para assistir à actuação dos Caveman, num pequeno espaço do recinto. Em modo Unplugged, o quinteto de Nova-Yorque apresentou alguns temas do seu mais recente álbum, "Caveman" de 2013 e ainda alguns do disco de estreia "Cocobeware" de 2011, disco este que lhes trouxe algum protagonismo, sendo de imediato comparados a bandas como os Woods ou Real Estate.

03/12/14

Ao vivo... Wind Atlas

Data - 29 de Maio de 2014
Local - Parc Del Fórum - Barcelona
Notas - Mais um grupo de Barcelona, Wind Atlas. 
Aos fundadores Andrea Pérez e Sergi Alexandre juntaram-se Iván Montero, Raúl Pérez e Marina Sánchez, para aquilo que foi a grande surpresa deste Primavera Sound de 2014.
Somente com um EP editado na altura, "Fen Fire", os Wind Atlas encantaram a plateia, com uma sonoridade musical obscura, densa e enigmática, que nos trouxe à memória Cocteau Twins ou mesmo Dead Can Dance. Grande concerto.

02/12/14

Ao vivo... El Petit de Cal Eril

Data - 29 de Maio de 2014
Local - Parc Del Fórum - Barcelona
Notas - Os El Petit de Carl Eril, são um grupo da Catalunha liderado por Joan Pons, também conhecido como o homem-orquestra de Guissona.
Com muitos músicos em palco e um bom conjunto de metais, a música do grupo vagueia por alguma improvisação que tem por base o folk da Catalunha e, apesar de ser o primeiro concerto do dia, com início às 17 horas, o público compareceu em número razoável, e não foi o chamado factor casa que fez com que isso acontecesse, pois neste Primavera Sound a quantidade de estrangeiros dos mais diversos países é imensa.

01/12/14

Setlist... James

Setlist do concerto dos James na Meo Arena, no dia 29 de Novembro de 2014.

01 - Lose Control
02 - Oh My Heart
03 - Walk Like You
04 - Frozen Britain
05 - Seven
06 - Curse Curse
07 - Laid
08 - What's The World
09 - I Wanna Go Home
10 - All Good Boys
11 - Quicken The Dead
12 - Just Like Fred Astaire
13 - Jam J
14 - Dream Thrum
15 - P.S.
16 - All I'm Saying
17 - Getting Away With It (All Messed Up)
18 - Moving On
19 - Gone Baby, Gone
20 - Sound

21- Born of Frustration
22 - Interrogation
23 - Sometimes