Quando já não se esperava pois 2016 estava a ser um ano demasiado mau - aliás como referido em publicações anteriores, foi um ano improvável - eis que surge próximo do seu final, mais precisamente no dia 25 de Dezembro como tratando-se de uma prenda de Natal de todo indesejável, a notícia da morte de George Michael. Outro músico de uma grande parte da banda-sonora da minha vida que partia.
Que ano, este 2016.
George Michael (Georgios Kyriacos Panayiotou), filho de pai cipriota e mãe britânica, nasceu no Norte de Londres no dia 25 de Junho de 1963.
Em 1981 ele e o seu colega de escola Andrew Ridgeley formaram os Wham!, que terminaram em 1986, tendo editado somente dois trabalhos, mas que mesmo assim deixaram temas incontornáveis na música pop do anos 80. "Wake Me Up Before You Go-Go", "Everything She Wants" ou "Last Christhmas" são alguns desses êxitos, e este último é já um dos enormes clássicos de Natal.
A sua carreira a solo começou quando ainda estava nos Wham! com a edição em 1984 do Maxi-Single "Careless Whisper" que se tornou de imediato num enorme sucesso à escala mundial, excedendo em muito os êxitos alcançados pelo grupo. Graças ao enorme sucesso obtido, não foi de estranhar que George Michael optasse por seguir a sua carreira a solo, lançando em 1987 "Faith", vendendo mais de 10 milhões de exemplares um pouco por todo o mundo.
Três anos depois editou "Listen Without Prejudice Vol. 1", e é nesta altura que começam a surgir as dificuldades de Michael em conviver com a fama. Recusa dar entrevistas e também recusa participar nos vídeos de promoção do disco. Esta incompatibilidade do seu ego com os objectivos da editora levaram a uma longa batalha judicial que terminou em 1993, com o músico a perder o processo em tribunal. George Michael chegou a acusar a Sony de sabotagem às vendas do disco, para além de, segundo as suas palavras, "mantê-lo num estado de escravidão profissional".
Sempre polémico e num modo de querer as coisas à sua maneira (uma característica da genialidade), em 2002 no documentário "Shoot The Dog" atacou Tony Blair e George W. Bush por causa da guerra no Iraque. Incomodados pela sua verdade (que mais tarde se comprovou), os jornais propriedade de Rupert Murdoch lançaram uma campanha feroz contra George Michael, uma campanha de difamação e depreciação como há muito não se via, mas que de modo algum afectaram a sua personalidade.
George Michael e a sua música marcaram uma geração e o seu último trabalho de originais "Patience" foi editado em 2004. Desde então não editou qualquer disco excepto dois temas originais que fizeram parte de um "Best Of".
O regresso aos palcos aconteceu em Coimbra, no dia 12 de Maio de 2007. Estive lá e foi o concretizar de um sonho poder vê-lo em palco.
Com uma vida de excessos e polémicas, apesar de indesejável a notícia não foi surpresa, mas doeu muito ouvi-la pela manhã, ao acordar.
Mais um músico que partia neste improvável ano de 2016.
Durante o ano de 2016 disse que estava a preparar um novo trabalho para ser lançado em 2017. Quem sabe se não será o disco que desde 1990 está por editar. Nos rumores que foram e vão surgindo no mundo musical, consta que "Listen Without Prejudice Vol. 1" daria origem a um "Listen Without Prejudice Vol. 2"; isso nunca aconteceu. Será esse o disco que estaria a preparar para 2017?
Com isto tudo, e sendo este o último texto sobre génios e músicos incontornáveis que partiram neste improvável ano de 2016, dá-me vontade de mencionar uma pequena frase de uma das suas mais belas canções, "A Different Corner", de 1986.
"Take me back in time, maybe i can forget..." o que foi este ano, de todo, horrível.
A sua carreira a solo começou quando ainda estava nos Wham! com a edição em 1984 do Maxi-Single "Careless Whisper" que se tornou de imediato num enorme sucesso à escala mundial, excedendo em muito os êxitos alcançados pelo grupo. Graças ao enorme sucesso obtido, não foi de estranhar que George Michael optasse por seguir a sua carreira a solo, lançando em 1987 "Faith", vendendo mais de 10 milhões de exemplares um pouco por todo o mundo.
Três anos depois editou "Listen Without Prejudice Vol. 1", e é nesta altura que começam a surgir as dificuldades de Michael em conviver com a fama. Recusa dar entrevistas e também recusa participar nos vídeos de promoção do disco. Esta incompatibilidade do seu ego com os objectivos da editora levaram a uma longa batalha judicial que terminou em 1993, com o músico a perder o processo em tribunal. George Michael chegou a acusar a Sony de sabotagem às vendas do disco, para além de, segundo as suas palavras, "mantê-lo num estado de escravidão profissional".
Sempre polémico e num modo de querer as coisas à sua maneira (uma característica da genialidade), em 2002 no documentário "Shoot The Dog" atacou Tony Blair e George W. Bush por causa da guerra no Iraque. Incomodados pela sua verdade (que mais tarde se comprovou), os jornais propriedade de Rupert Murdoch lançaram uma campanha feroz contra George Michael, uma campanha de difamação e depreciação como há muito não se via, mas que de modo algum afectaram a sua personalidade.
George Michael e a sua música marcaram uma geração e o seu último trabalho de originais "Patience" foi editado em 2004. Desde então não editou qualquer disco excepto dois temas originais que fizeram parte de um "Best Of".
O regresso aos palcos aconteceu em Coimbra, no dia 12 de Maio de 2007. Estive lá e foi o concretizar de um sonho poder vê-lo em palco.
Com uma vida de excessos e polémicas, apesar de indesejável a notícia não foi surpresa, mas doeu muito ouvi-la pela manhã, ao acordar.
Mais um músico que partia neste improvável ano de 2016.
Durante o ano de 2016 disse que estava a preparar um novo trabalho para ser lançado em 2017. Quem sabe se não será o disco que desde 1990 está por editar. Nos rumores que foram e vão surgindo no mundo musical, consta que "Listen Without Prejudice Vol. 1" daria origem a um "Listen Without Prejudice Vol. 2"; isso nunca aconteceu. Será esse o disco que estaria a preparar para 2017?
Com isto tudo, e sendo este o último texto sobre génios e músicos incontornáveis que partiram neste improvável ano de 2016, dá-me vontade de mencionar uma pequena frase de uma das suas mais belas canções, "A Different Corner", de 1986.
"Take me back in time, maybe i can forget..." o que foi este ano, de todo, horrível.