27/05/09

The Pink Mountaintops - Outside Love

Stephen McBean, para além da sua actividade como compositor, guitarrista e vocalista dos Black Mountain, tem desenvolvido uma carreira a solo com o projecto The Pink Mountaintops, que editaram o seu primeiro disco, homónimo, no verão de 2004, seguindo-se em 2006 "Axis Of Evol" e este ano de 2009 chega-nos "Outside Love".
Neste seu projeco a solo, apesar de serem naturais algumas semelhanças com a música dos Black Mountain, essas semelhanças são ténues. Os temas de Stephen a solo transportam-nos numa viagem pela sua terra natal, Vancouver no Canadá, graças ao arrastar da sua voz e dos sons extraídos da sua guitarra que tanto se torna suave e doce em certos momentos como por exemplo em "Closer to Heaven", como forte e agreste em "The Gayest Of Sunbeams", ou mesmo apoteótica em "And I Thank You", um dos mais belos temas deste disco, ou ainda numa viagem ao interior do Canadá e à sua música popular através de "Holiday".

01 - Axis: Thrones Of Love
02 - Execution
03 - While We Were Dreaming
04 - Vampire
05 - Holiday
06 - Come Down
07 - Outside Love
08 - And I Thank You
09 - The Gayest Subbeams
10 - Closer To Heaven

Nota - 9/10

25/05/09

Cage The Elephant - Cage The Elephant

Curiosamente, o sucesso dos americanos Cage The Elephant começou através dos tops britânicos, ao que não será alheio o facto da música deste grupo formado pr Matt Shultz, Brad Shultz, Jared Champion, Lincoln Parish e Daniel Tichenor, ter imensas influências do rock da ilha de "Sua majestade", como por exemplo dos Arctic Monkeys ou Libertines.
O disco de estreia desta banda que se formou em 2005 em Kentucky, Cage The Elephant, é um soberbo e excelente trabalho, e também um disco de verdadeiro e puro rock, um rock maisntream com grandes doses de adrenalina e que deixa no ar a promessa de grandes concertos do grupo, pois os temas são todos muito fortes e excelentes para serem tocados ao vivo.

01 - In One Ear
02 - James Brown
03 - Ain't No Rest For The Wicked
04 - Tiny Little Robots
05 - Lotus
06 - Back Against The Wall
07 - Drone In The Valley
08 - Judas
09 - Back Stabbin' Betty
10 - Soil To The Sun
11 - Free Love

Nota - 9/10

22/05/09

Faunts - Feel.Love.Thinking.Of

Um pop suave, envolvente e melancólico é o som nos traz este grupo do Canadá, Faunts, neste seu segundo disco, "Feel.Love.Thinking.Of". Os Faunts foram fundados pelos irmãos Tim Batke (guitarra, teclas e voz) e Steven Batke (guitarra e voz), tendo posteriormente entrado para o grupo Paul Arnusch (bateria), Joel Hitchcock (teclas) e Scott Gallant (baixo). Incialmente começaram por actuar como grupo de suporte nos concertos dos Broken Social Scene, Do Make Say Think e Stars. Após verem a boa receptividade que a sua música tinha, gravaram o primeiro disco em 2005, "High Expectations / Low Results" que foi muito bem recebido pela critica musical conseguindo obter algum sucesso. Após a edição deste disco, Joel hitckcock abandona o grupo e para o seu lugar entra outro membro da familia, Rob Batke.
Em "Feel.Love.Thinking.Of." o som do grupo mante-se muito similar ao seu antecessor, o que se por um lado não desilude, por outro, pode-se tornar preocupante pois significa que não houve grande evolução, quer ao nível da criatividade do grupo quer ao nível da execução musical. Continua a ser o mesmo pop agradável mas inconsequente, que se ouve mas que não é suficiente para nos deliciar e deixar ansiosos por um próximo trabalho do grupo.

01 - Feel.Love.Thinking.Of
02 - Input
03 - It Hurts Me All The Time
04 - Out On A Limb
05 - Lights Are Always On
06 - Das Malefitz
07 - I Think I'll Start A Fire
08 - Alarmed / Lights
09 - So Far Away
10 - Explain

Nota - 7/10

20/05/09

Crocodiles - Summer Of Hate

Brandon Welchez e Charles Rowell iniciaram-se nestas aventuras pelo mundo da música, ainda jovens, em San Diego. Formaram os Crocodiles em Abril de 2008 com Brandon nas vozes e Charles nas guitarras. O seu primeiro trabalho, em edição de autor, foi o single "Neon Jesus" e em Abril de 2009 editam este "Summer Of Hate" para a Fat Possum.
Sem deslumbrar, "Summer Of Hate" é um disco interessante com um conjunto de bons temas que por vezes pecam por ser demasiado experimentais mas que continuam a manter algum brilho e acabam por ser uma prova da criatividade dos músicos e deixam a ideia que o grupo ainda pode evoluir muito num próximo disco.
No conjunto dos nove temas que fazem parte do disco destaco "Sleeping With The Lord" num tom calmo onde é possível apreciarmos a excelente voz de Brandon Welchez, "Summer Of Hate" com autênticos devaneios musicais por parte de Charles Rowell que nos apresenta um bom trabalho nas guitarras, "I Wanna Kill" a fazer lembrar a música electrónica do inicio dos anos 80 com a mistura de sintetizadores e vacoders e, no final, o soberbo "Young Drugs" que é sem qualquer duvida o melhor tema do disco, o tema que o encerra e que nos faz ficar ansiosos pelo próximo trabalho destes Crocodiles.

01 - Screaming Chrome
02 - I Wanna Kill
03 - Soft Skull
04 - Here Comes The Sky
05 - Refuse Angels
06 - Flash Of Light
07 - Sleeping With The Lord
08 - Summer Of Hate
09 - Young Drugs

Nota - 7/10

18/05/09

Bat For Lashes - Two Suns

Bat For Lashes é o nome artistico de Natasha Khan, nascida em Brighton na Inglaterra e de descendência paquistanesa. "Two Suns" dá seguimento ao seu anterior disco "Fur And Gold" e neste disco Khan confirma-se como excelente compositora e senhora de uma voz potentosa, num disco repleto de boas canções com interpretações seguras, onde Natasha Khan consegue ultrapassar o estigma do primeiro disco.
Não fossem alguns temas extremamente virados para a dança (como por exemplo Pearl's Dream ou Daniel) e estávamos perante um trabalho soberbo, sem defeitos, bem interpretado vocalmente (com grandes influências de Bjork, principalmente em Two Planets), bem produzido e, sobretudo, muito bem elaborado e idealizado de forma a proporcionar-nos um prazer contagiante. Objectivo conseguido.

01 - Glass
02 - Sleep Alone
03 - Moon And Moon
04 - Daniel
05 - Peace Of Mind
06 - Siren Song
07 - Pearl's Dream
08 - Good Love
09 - Two Planets
10 - Travelling Woman
11 - The Big Sleep (Feat. Scott Walker)

Nota - 8|/10

17/05/09

Entrevista... Salada de Frutas

Segunda parte de uma entrevista feita pelo autor deste blog aos Salada de Frutas, após as saídas de Luis Pedro da Fonseca e Lena D'Água do grupo, pela altura da edição do disco "Se Cá Nevasse...". Esta entrevista foi feita em Dezembro de 1982 no Rock Rendez-Vous, para ser publicada num jornal de escola do Externato de Odivelas, no dia 05 de Janeiro de 1983.
...
A SOLUÇÃO É EMIGRAR…

A nossa opinião era diferente ao observarmos a cara de frustração de Zé da Ponte que afirmou “não, frustrado com o disco não, estamos frustrados é com o país em que vivemos. É um país em que não se pode fazer nada fora do vulgar, porque caso se faça algo diferente, somos logo criticados. Não dá para atinar com isto e julgo que a solução é emigrar. Nós não temos culpa de viver num país que é uma treta, onde existem 30% de analfabetos e onde as pessoas não estão preparadas para ouvir música, nem habituadas a isso. Por exemplo, os instrumentais é um tipo de música que pouca gente aprecia e é a isso que eu me refiro; as pessoas não estão habituadas a ouvir a música pela música.”
Esta afirmação, até certo ponto pode ser considerada verdadeira, mas de certo modo também pode ser interpretada como uma forma de justificar um possível e previsível fracasso que o disco venha a ter e quanto a isso Zé da Ponte disse “não, não é isso. Acho que tu também já deves ter reparado que as pessoas, geralmente, não gostam de música instrumental e isso é tudo uma falta de hábito. Para além disso posso-te dizer que a primeira edição do disco já esgotou completamente”.
Quando os Salada actuaram no Rock Rendez-Vous a televisão quis estar presente e vocês não autorizaram. Porquê?
“Essencialmente, porque estamos fartos disto tudo, de hipocrisias e de falsidades. Para além disso, não estamos para aturar a televisão.”

FIM

16/05/09

Entrevista... Salada de Frutas

Primeira parte de uma entrevista feita pelo autor deste blog aos Salada de Frutas, após as saídas de Luis Pedro da Fonseca e Lena D'Água do grupo, pela altura da edição do disco "Se Cá Nevasse...". Esta entrevista foi feita em Dezembro de 1982 no Rock Rendez-Vous, para ser publicada num jornal de escola do Externato de Odivelas, no dia 05 de Janeiro de 1983.

SIM, O GRUPO ACABOU…; se é isso que queres saber, o grupo acabou.
Intrigados e atónitos, perguntámos se estavam a falar a sério e, pensativamente, Zé da Ponte responde que “não, não estamos; quer dizer acabou e não acabou. O grupo não acaba, nós é que vamos abandonar os circuitos normais e os concertos ao vivo.”
Ora, um grupo de rock faz-se na estrada com a experiência e não em estúdio. Quanto a nós, os Salada ao deixarem a estrada vão estagnar e tornar-se-ão um grupo decadente. A propósito disso, Zé da Ponte afirma que “vamos deixar de actuar ao vivo porque em Portugal não há condições. O público não merece ouvir-nos em más condições e nós não podemos fazer uma boa actuação se estivermos a dar o nosso espectáculo em cima de carroçarias de camionetas o que já aconteceu. Ora bem, há que ter o mínimo respeito pelos músicos e pelo público”.

“CRIME PERFEITO” É UM DISCO DIFERENTE

O principal motivo que nos levou a fazer esta entrevista, foi o lançamento do terceiro LP dos Salada. Intitulado de “Crime Perfeito”, o disco tem sido completamente arrasado pela crítica, um pouco injustamente.
Seguidamente pedimos ao Guilherme para ele se pronunciar sobre este “Crime Perfeito” e segundo a sua opinião “é um disco diferente de tudo o que se tem feito em Portugal em termos musicais; a forma do tratamento musical é diferente e é um trabalho que me deu imenso gozo fazer e do qual gosto muito”.
Eu, pessoalmente, também gostei deste disco, apesar de ser numa linha muito diferente daquela a que os Salada de Frutas nos habituaram e, talvez por esse motivo, o grupo actualmente á pelo nome de Salada, após a saída da Lena D’Agua.
Como já foi dito atrás, a critica foi arrasadora, principalmente por parte do jornal Sete e por parte da rádio, a divulgação tem sido quase nula, pois segundo eles, o disco é de fraca qualidade. Por isto tudo, achamos interessante perguntar ao Zé da Ponte o que ele achava destas críticas e a sua afirmação não podia ser mais clara pois “quanto ao crítico do sete, gostava de saber quais os conceitos musicais que ele tem para poder fazer uma crítica desse género. Em contrapartida, o crítico da revista Mais, diz muito bem do disco. No fundo de tudo isto, acho que os críticos o que deviam fazer era estar calados e não se pronunciarem sem saber o que vão dizer”.
“No fundo são opiniões e contra isso, nada podemos fazer”, afirmou Guilherme Inês, para desta forma tentar acalmar os nervos ao Zé da Ponte e, afirmou ainda “posso-te dizer que nós já andamos nisto há muitos anos e já temos levado muitos pontapés ao longo desses anos e, como tal, isto pouco nos afecta”
...

15/05/09

Maccabees - Wall Of Arms

The Maccabees com este "Wall of Arms" são uma boa surpresa neste ano de 2009. Um rock fortemente marcado pela, por vezes estranha mas interessante voz de Orlando Weeks, que tanto nos dá a sensação de estar constantemente em falsete como nos transmite a ideia de estar à beira do abismo, a parecer algo completamente desconexo.
A música do grupo é interessante, com influencias de Gang Of Four, Puressence, David Bowie ou The Fall. Composto por onze temas, este "Wall Of Arms" - que sucede a "Colour It In" (editado em 2007)-, tem bastantes temas suficientemente fortes para singles e divulgação na rádio. Não digo nas rádios portuguesas, porque essas estão excessivamente subjugadas ao mainstream, mas nas rádios europeias e americanas. Este agrupamento inglês deve muito do seu sucesso, por exemplo, à excelente rádio britânica XFM.
No geral pode ser considerado um bom disco, mas é daqueles que normalmente são colocados naquele género de "aprender a gostar", à medida que o ouvimos. Como é sabido, muitas vezes esse género de disco acaba por tornar-se uma autêntica obra de arte musical.

01 - Love You Better
02 - One Hand Holding
03 - Can You Give It
04 - Young Lions
05 - Wall Of Arms
06 - No Kind Words
07 - Dinosaurs
08 - Kiss And Resolve
09 - William Powers
10 - Seventeen Hands
11 - Bang Of Bones

Nota - 8/10

13/05/09

Manic Street Preachers - Journal For Plague Lovers

Dois anos após a edição de "Send Away The Tigers", os Manic Street Preachers estão de regresso aos discos com "Journal For Plague Lovers", um disco repleto de boas canções que pode ser considerado, desde já, um dos melhores discos de sempre do grupo.
Um rock simultaneamente suave e agressivo, repleto de guitarras fortes e ritmadas, percorre este disco composto por catorze canções, onde não faltam algumas baladas no tom acústico a que o grupo nos habituou.
Catorze anos após o desaparecimento de Richard James Edwards, este "Journal For Plague Lovers", está ao nível do mítico "Holy Bible", último trabalho em que Edwards participou. Todos os temas do álbum foram feitos com base em letras que Edwards deixou ao grupo, sendo o disco produzido por Steve Albini e, curiosamente, gravado em fita analógica.
Richard James Edwards, desaparecido em Fevereiro de 1995 numa das pontes do rio Tamisa em Londres, foi dado como morto em Novembro de 2008. O seu corpo nunca apareceu, mas o seu espírito e a sua influência estão presentes de forma indelével na música dos Manic Street Preachers.
"Journal For Plague Lovers" pode não ser uma obra-prima, mas trata-se de um excelente disco que traz de volta o prazer de ouvir a música deste agrupamento formado no País de Gales em 1991.

01 - Peeled Apples
02 - Jackie Collins Existencial Question Time
03 - Me And Stephen Hawking
04 - This Joke Sport Severed
05 - Journal For Plague Lovers
06 - She Bathed Herself In A Bath Of Bleach
07 - Facing Page: Top Left
08 - Marlon J.D.
09 - Doors Closing Slowly
10 - All Is Vanity
11 - Pretension/Repulsion
12 - Virginia State Epilpetic Colony
13 - Williams Last Words
14 - Bag Lady

Nota - 8/10

11/05/09

Ben Harper - White Lies for Dark Time

Ben Harper está de regresso aos discos mas desta vez sem os Innocent Criminals, a sua banda de sempre. Quem "acompanha" agora Ben Harper são os Relentless7, com Jason Mozersky nas guitarras, Jesse Ingalls no baixo e Jordan Richardson na bateria. O resultado não podia ser melhor.
Em "White Lies For Dark Time", graças à associação aos Relentless7, a música de Ben Harper, é completamente diferente daquela a que nos habituou e praticamente corta o cordão umbilical que o ligava aos Innocent Criminals e à sua anterior obra que, na minha opinião, já era demasiado repetitiva como se a sua critividade já estivesse esgotada. Este disco apresenta uma linha mais pesada com um rock puro mas extremamente agradável, sempre com um dedilhar constante de guitarras, pelos dedos de Mozersky, como se estivessem sempre a solar e para além disso, com excelentes solos de guitarra, não fosse Ben Harper um dos melhores guitarristas da actualidade. Soberbo o tema "Why Must You Always Dress In Black", a concluir uma sequência de cinco temas electrizantes para depois nos presentear com uma bela balada "Skin Thin", aqui já mais ao seu estilo antigo mas mesmo assim diferente; a viola acústica traz-nos à memória o "velho" Ben, mas o som da guitarra eléctrica está presente... e de forma diferente. "Fly One Time" é o tema que se segue e, mais um vez, brilhante, ao começar com num tom calmo que vai aumentando de intensidade chegando quase a ser conceptual, acabando de forma apoteótica para servir como elo de ligação para uma sequência final de quatro temas, sendo dois de um rock puro com grandes momentos de guitarras e os outros dois que fecham o disco são duas baladas, como que necessárias para nos acalmar e tranquilizar, pois aquilo que ouvimos até aqui foi um conjunto de canções de grande intensidade, bem elaboradas e interpretadas vocal e musicalmente de forma irrepreensível.
"White Lies For Dark Time" é já um dos discos obrigatórios de 2009, que marca o regresso de um Ben Harper mais criativo e com possibilidade de demonstrar e confirmar todas as suas qualidades musicais, quer como compositor quer como músico.

01 - Number With No Name
02 - Up To You Now
03 - Shimmer & Shine
04 - Lay There & Hate Me
05 - Why Must you Always Dress In Black
06 - Skin Thin
07 - Fly One Time
08 - Keep It Together (So I Can Fall Apart)
09 - Boots Like These
10 - The Word Suicide
11 - Faithfully Remain

Nota - 9/10

10/05/09

Fischerspooner - Entertainment

"Entertainment" assinala o regresso aos discos dos Fischerspooner, após o muito produtivo ano de 2005 em que editaram "Odissey" e "The Other Side New York". Em 1998, em New York, Warren Fischer e Casey Spooner decidem formar os Fischerspoon. No início a banda actuava exclusivamente como duo, mas actualmente nos seus espectáculos chegam a estar em palco cerca de 20 elementos, desde instrumentistas que colaboram com a banda, a bailarinos e cantores convidados para interpretar algumas das canções.
"Entertainment" segue a linha dos trabalhos anteriores do grupo, ao apresentar um estilo musical muito melodioso graças aos imensos "Vocoders", assentes numa música electrónica bem ritmada a fazer lembrar Depeche Mode, mas que também nos traz à memória Giorgio Moroder, produtor e compositor de grande sucesso no início dos anos 80, que chegou a trabalhar com Freddie Mercury no tema Love Kills.
A música dos Fischerspooner é agradável de ouvir e "Entertainment" é um bom disco pop.

01 - The Best Revenge
02 - We Are Electric
03 - Money Can´t Dance
04 - In A Modern World
05 - Supply & Demand
06 - Amuse Bouche
07 - Infidels Of The World Unite
08 - Door Train Home
09 - Danse En France
10 - To The Moon

Nota - 7/10

09/05/09

White Lies - To Lose My Life

Harry McVeigh (voz e guitarra), Charles Cave (baixo) e Jack Lawrence Brown (bateria e teclas) formaram os Fear Of Lying em 2004 na cidade de Londres e em 2006 editaram o single More Attempts at Perfection, num estilo brit-pop. Apesar do sucesso obtido com este single, decidem alterar o nome do grupo e o seu estilo musical; passam a ser os White Lies.
É com este nome que gravam o seu primeiro trabalho "To Lose My Life", produzido por Ed Buller e Max Dingel. Neste disco, é abandonado em definitivo o estilo brit-pop e o grupo pratica um rock com algumas influências pop que nos trazem à memória alguns sons dos Joy Division, Teardrop Explodes e, a nível vocal, de Robert Smith dos Cure.
"To Lose My Life" é um disco agradável, composto por dez temas, sendo todos eles potenciais singles. Longe de ser uma obra-prima, é um bom disco que abre boas perspectivas para o grupo poder afirmar-se na difícil cena rock britânica e mundial.
Sem ser deslumbrante, "To Lose My Life" não desilude e os White Lies trazem alguma frescura e um som novo à cena musical britânica que, apesar de ser no geral de grande qualidade, por vezes torna-se muito idêntica.
É um disco a merecer alguma atenção e a ouvir mais do que uma vez pois, como é sabido, grande parte da boa música aprende-se a gostar à medida que a ouvimos e descobrimos novos sons, apesar de já termos ouvido esses temas imensas vezes.

01 - Death
02 - To Lose My Life
03 - A Place To Hide
04 - Fifty On Our Foreheads
05 - Unfinished Business
06 - E.S.T.
07 - From The Stars
08 - Farewell To The Fairground
09 - Nothing To Give
10 - The Price Of Love

Nota - 8/10