23/04/06

Sigur Ros... Takk

Numa altura em que se aproxima o regresso dos Sigur Ros a Lisboa, dia 16 de Julho, tomo a liberdade de sugerir uma audição do seu mais recente trabalho, "Takk". Jon Thor Birgisson, Georg Holm, Kjartan Sveinsson, Orri Páll DýRason e Agust formaram os Sigur Ros no ano de 1994, em Reykjavik, Islândia.
"Takk" é o seu quarto CD depois do excelente trabalho editado em 2002 intitulado (). Pelo meio fizeram uma EP excessivamente experimental "Ba Ba Ti Ki Di Do", música para um bailado.
Com "Takk" o grupo faz uma espécie de regresso às origens praticando aquela sonoridade a que nos habituou com os trabalhos anteriores, se bem que neste disco aparecem pela primeira vez a cantar no idioma da sua terra natal, o que torna o disco ainda mais curioso. É daqueles discos que pode não se gostar à primeira, mas a boa música é como uma obra de arte: aprende-se a gostar.
E os Sigur Ros não fazem somente música... fazem arte. Isso é bom e quando se ouvem os seus discos somo levados para longe, para um mundo distante. Uma viagem que sabe bem e que se torna inesquecível, da qual não apetece voltar. Apetece por o CD em "repeat".

01 - Takk
02 - Glosoli
03 - Hoppipolla
04 - Meo Blodnasir
05 - Se Lest
06 - Saeglopur
07 - Milano
08 - Gong
09 - Anduari
10 - Svo Hljott
11. Heysatan
Classificação - 8/10

17/04/06

Massive Attack

Os Massive Attack são oriundos da cidade de Bristol e formaram-se em 1987. Constituídos inicialmente por Andrew “Mushroom” Vowles, Grant “Daddy G” Marshall com a colaboração de 3D (Robert del Naja), editaram o seu primeiro single intitulado “Daydreaming” no ano de 1990.

Em 1991 lançam o seu primeiro álbum “Blue Lines”. Com a colaboração de Horace Andy, entre outros, este disco é considerado actualmente um dos melhores discos de sempre, não dos Massive Attack mas de toda a história da música. Uma verdadeira obra-prima interpretada coma colaboração de Shara Nelson e Horace Andy. Um álbum tenso e denso como só os Massive Attack e Tricky conseguem fazer.
Durante a guerra no Iraque o grupo altera o seu nome para Massive o que se revelou um verdadeiro desastre em termos comerciais, tendo voltado ao nome original com o final da guerra (que afinal ainda continua).

Em 1994 editam o álbum “Protection” ainda com Tricky que posteriormente abandona o grupo grupo para se dedicar a uma carreira a solo. Ainda dentro do estilo de Blue Lines, Protection conta com a colaboração de Tracey Thorn, Tricky, Nicolette e Craig Armstrong's no piano. Um disco mais melancólico do que o anterior do qual se destacam os temas Protection e Karmacoma. Um disco de grande qualidade.
Com a saída de Tricky a música dos Massive Attack torna-se menos densa, menos sombria e as diferenças estão bem patentes no álbum “Mezzanine” editado em 1998.

Mantendo a colaboração de Horace Andy, em Mezzanine participam ainda Elizabeth Fraser dos Cocteau Twins e Sara Jay. Em parte graças aos singles “Teardrop” e “Inertia Creeps”, torna-se um disco de culto. Após a digressão efectuada pela Europa e pelos EUA, Vowles abandona o grupo tendo Del Naja e Marshal continuado como duo. Colaboram com David Bowie e os Dandy Wharhols mas Marshal abandona o grupo para se dedicar à família.

Em Fevereiro de 2003, após 5 anos de pausa é lançado “100Th Window”, quarto álbum de originais. Com produção de Neil Davidge, que já havia participado em Mezzanine, Robert del Naja e o único dos fundadores do grupo durante as gravações de 100th Window. Conta ainda com a participação de Sinéad O’Connor, Elizabeth Frazer e o já habitual Horace Andy, cada vez mais importante nos temas do grupo.

São os temas destes quatro álbuns que compõem a colectânea lançada recentemente que conta ainda com o original Live With Me. Interpretado pelo veterano músico de Chicago Terry Callier de 61 anos, Live With Me é um daqueles temas inconfundíveis pois assim que ouvimos os primeiros acordes conseguimos logo identificar o som inconfundível dos Massive Attack que ao longo de 19 anos nos têm brindado com autênticas obras-primas.

01 – Safe From Harm
02 – Karmacoma
03 – Angel
04 – Teardrop
05 – Inertia Creeps
06 – Protection
07 – Butterfly Caught
08 – Unfinished Sympathy
09 – Risingson
10 – Future Proof
11 – Five Man Army
12 – What Your Soul Sings
13 – Sly
14 – Live With Me

11/04/06

Liquid Tension Experiment

Os Liquid Tension Experiment são aquilo a que se pode chamar um super-grupo.
Formados pelos Dream Theather’s John Petrucci e Mike Portnoy, por Jordan Rudes (Dixie Dregs), e pelo extraordinário baixista Tony Levin, músico de Peter Gabriel, este grupo gravou o seu primeiro disco no ano de 1998 para a label Magna Carta.
Numa onda que vai desde o rock progressivo ao metal progressivo, gravaram dois álbuns homónimos, sendo o segundo de 1999.
Apesar de ser um tipo de música de difícil audição pois são temas instrumentais longos, a sua obra justifica plenamente uma chamada de atenção.
Lamentavelmente, são discos difíceis de conseguir pois não se enquadram propriamente no tipo de música que venda bastante, mas quem tiver a oportunidade de os ouvir vai gostar imenso.
Um super-grupo composto por grandes músicos dos quais destaco, sem menosprezar os restantes, Tony Levin que é para mim o melhor baixista que há actualmente.
São discos tocados por músicos exímios, por virtuosos.

10/04/06

Livro... Memórias do Rock Português

Finalmente foi lançado o livro "Memórias do Rock Português" da autoria de Aristides Duarte, autor do blog Rock em Portugal.
Com edição de autor, trata-se de um livro obrigatório para quem quiser saber algo mais sobre a música que se tem feito em Portugal desde os anos 60 até aos dias de hoje; um livro sobre a história e com estórias do Rock Português.
Pode ser adquirido através do blog do autor ou através do site da Cd Go.