18/07/11

Ao vivo... Super Bock Super Rock

Data - Dia 15 de Julho de 2011
Local - Aldeia do Meco
Notas - No segundo dia da 17ª edição do festival Super Bock Super Rock, a expectativa maior era para a actuação dos Arcade Fire, que deste modo compensavam o público português, depois do cancelamento a que foram obrigados no ano passado, devido à cimeira da Nato.
No palco principal, o dia começou da melhor maneira com o projecto Noiserv, liderado por David Santos e que assenta numa estrutura muito pessoal do músico, num estilo intimista.
Após a actuação de Noiserv, chegou a vez de Rodrigo Leão & Cinema Ensemble que, mais uma vez não desiludiram e deram um concerto de grande nível, que incidiu principalmente sobre o último trabalho do músico, "A Mãe", editado durante o ano de 2009. Como ponto negativo deste concerto, apenas alguma indecisão durante a actuação, indecisão essa que transmitiu a ideia de falta de conhecimento do alinhamento das canções, levando inclusivamente a que fossem ouvidos alguns apupos.
Enquanto não começava a actuação dos Portishead, houve oportunidade para uma "viagem" até à zona do palco secundário para assistir a Legendary Tigerman, músico de grande nível mas que se torna aborrecido em palco, apesar de ser um excelente executante mas, e na minha opinião, ao fim de três ou quatro músicas... chega; e está na hora de fazer a "viagem" de regresso até ao palco principal, onde os Gift, de que não sou apreciador, estavam a terminar a sua actuação.
Seguiam-se, neste mesmo palco, os Portishead de Beth Gibbons para mais um daqueles concertos a que este grupo nos habituou, e dos quais é extremamente dificil conseguir apontar algum defeito. Uma voz mais limpa de Beth Gibbons, foi complementada de forma excelente pelos grandes músicos que fazem parte do grupo e que tornam os concertos dos Portishead como algo grandioso.
A fasquia deste segundo dia estava muito alta, e só um grupo como os Arcade Fire é que conseguia fazer melhor que Portishead. Com um início arrasador, ao som de Ready To Start, o concerto foi um autêntico Best Of que percorreu os três excelentes álbuns editados por esta banda canadiana que continua a ter uma carreira de grande nível, quase imaculada; como imaculado foi o concerto que deram neste SBSR, apesar de uma hora e quinze minutos ser muito pouco para tanta música boa, como é a dos Arcade Fire.

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