28/05/08

Entrevista... King Fisher's Band

Segunda parte de uma entrevista feita pelo autor deste blog aos King Fisher's Band, minutos antes de iniciarem um concerto no Rock Rendez-Vous

Perg. – Vocês concorreram ao “Só Rock” com a música “Roda na Roda”. Atendendo a que se tratava de um festival de rock, não acham que isso não batia muito certo?
Resp. – Na realidade, não batia certo. Aquilo era um festival de rock português. Tudo aquilo que se fez lá não tinha nada a ver com a música portuguesa em si. O outro tema que tocámos “Mosteiro da Batalha” já se inseria mais numa onda de rock.
- Eu acho que o rock português é um bocado limitado. Por um lado é a fotocópia de outros grupos estrangeiros, pois há quem tente fazer um som idêntico; por ouro lado há uma limitação muito grande no factor do som e as pessoas não se aventuram muito. O festival “Só Rock” era mesmo só de rock, mas na visão estrita do rock isso já era uma limitação. O que nós tocámos foi folk / rock e acho que o rock pode estar ligado ao folk.
Perg. – Qual a importância que esse festival teve na gravação do vosso primeiro single?
Resp. – Nós concorremos ao “Só Rock” só para tentar sacar material. A nível discográfico, quando foi o “Só Rock”, já tínhamos contactos com a Polygram e outras editoras, entre as quais a Rossil e a Sassetti.
Perg. – Então se existiam essas hipóteses, o quê que vos levou a optar pela Vadeca, com más condições de gravação?
Resp. – Isso foi uma precipitação nossa. Nós queríamos gravar o disco e havia muitas pessoas que queriam que o gravássemos, e fomos levados por essa pressão e pelo entusiasmo de gravar.
- Acabámos por fazer uma autêntica merda e fomos prejudicados.
- Agora esperamos gravar, pelo menos “A Roda”, neste nosso primeiro LP que vai ser gravado para a Polygram.
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