"Burn" de Lisa Gerrard e Jules Maxwell (teclista dos Dead Can Dance) será, seguramente, um dos grandes discos de 2021.
Os teclados e a estrutura musical criada por Maxwell e a voz celestial de Lisa transportam-nos para longe, para longe de tudo o que nos rodeia, para longe dos lugares que nos assombram, abrem as janelas que nos sufocam e levam-nos para um local imaginário, daqueles que nos dias de hoje são impossíveis de alcançar fisicamente, levam-nos para um mundo perfeito, fazem-nos acreditar que isso talvez exista, criam em nós algo parecido com "estado de transe" em que tudo pára para que possamos disfrutar desta música e desta voz.
Algo nos bloqueia quando a ouvimos cantar, mas por outro lado liberta-nos, liberta os nossos medos, as nossas ansiedades.
Mesmo cantando numa linguagem imperceptível, algo a que Lisa Gerrard nos habituou cantando no seu "Gerrardês", é como se esta música fosse cantada numa letra que todos nós percebemos, pois sentimo-la, a mensagem está lá, está no modo como é cantada, tocada e sentida.
Impossível alguém ficar indiferente à beleza de "Orion (The Weary Huntsman)".
Composto por sete temas, "Burn" é um disco obrigatório e viciante.
01 - Heleali (The Sea Will Rise)
02 - Noyalain (Burn)
03 - Deshta (Forever)
04 - Aldavyeem (A Time To Dance)
05 - Orion (The Weary Huntsman)
06 - Keason (Until My Strengh Retunrs)
07 - Do So Yol (Gather The Wind)
Nota - 9/10
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