Mesmo não sendo grande apreciador do estilo musical dos Il Divo, não é possível afirmar que o espectáculo que o grupo deu no Pavilhão Atlântico em Lisboa, tenha sido um mau espectáculo... muito longe disso.
Com um som de grande qualidade, algo muito raro nesta sala de espectáculos, e um jogo de luzes excelente, sóbrio mas eficiente, o grupo que se formou em Inglaterra no ano de 2003 e que é composto por quatro bons cantores de quatro países diferentes, proporcionou ao imenso público que esgotou o Pavilhão Atlântico, e durante quase duas horas, momentos de rara beleza.
O espanhol Carlos Marin, o francês Sébastien Izambard, o norte-americano David Miller e o suíço Urs Buhler, souberam usar os seus dotes vocais e naturais para encantar uma plateia maioritariamente feminina, não poupando rasgados elogios às senhoras presentes, nem certos jogos de sedução.
O espanhol Carlos Marin, o francês Sébastien Izambard, o norte-americano David Miller e o suíço Urs Buhler, souberam usar os seus dotes vocais e naturais para encantar uma plateia maioritariamente feminina, não poupando rasgados elogios às senhoras presentes, nem certos jogos de sedução.
Musicalmente falando, que é o que interessa, o alinhamento deste espectáculo incidiu, principalmente, pelo mais recente trabalho do grupo "Wicked Games", editado em 2011. Obviamente que não podiam ficar de fora temas dos discos anteriores, como por exemplo "Unbreak My Heart", "Mama", ou "Unchained Melody" que, na minha opinião, proporcionou o momento alto da noite, no que à interpretação vocal e orquestral diz respeito.
A juntar ao bom som e iluminação, a cereja no topo do bolo acabou por ser o alinhamento escolhido, alternando temas menos conhecidos com verdadeiros clássicos, como por exemplo "Don't Cry For Me Argentina" de Andrew Lloyd Webber, "Somewhere" da obra "West Side Story" de Bernstein, "My Way" de Frank Sinatra em que David Miller quase cai ao tropeçar num degrau das escadas situadas no centro do palco, o sempre belo "Hallelujah" de Leonard Cohen, ou ainda o maravilhoso "Adagio" de Albioni, num leque de canções intemporais, que jamais se perderão no tempo.
De uma forma sucinta, pode-se afirmar que foi um bom concerto, com boas músicas e boas vozes.
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