Data - 08 de Novembro de 2013
Local - Coliseu do Porto
Notas - Depois do bom concerto que os Suede deram num vazio Coliseu dos Recreios em Lisboa, era chegada a vez de um vazio Coliseu do Porto os acolher.
Sinónimo da crise ou de pouca divulgação, o certo é que esta passagem por Portugal de Brett Anderson (voz), Mat Osman (baixo), Neil Codling (teclas e guitarra), Richard Oakes (guitarra) e Simon Gilbert (bateria), terá ficado um pouco aquém das expectativas do grupo e da entidade organizadora, pelo menos no que diz respeito à parte financeira.
Se financeiramente os concertos podem ter ficado longe do previsto, musicalmente isso não aconteceu, e até é possível afirmar que as melhores expectativas foram ultrapassadas. Quer em Lisboa, quer no Porto, os concertos foram mesmo muito bons.
Desengane-se quem julga que dois concertos seguidos da mesma banda (em dias consecutivos) são iguais. Não são.
Mesmo com alinhamentos iguais, nunca nada é igual num concerto ao vivo; é essa a magia de um espectáculo ao vivo. Para além disto, este concerto do Porto contou com seis temas que não foram tocados em Lisboa, dos quais destaco "New Generation" e "The Wild Ones" do álbum "Dog Man Star", ou "Sabotage" de "Bloodsports" que substituiu "Barriers" do mesmo disco, não faltando os "reincidentes" "For The Strangers" e "Snowblind", do mais recente disco, ou ainda "So Young", "Animal Nitrate" e "The Drowners", do álbum de estreia de um grupo que com esta digressão, comemora os 20 anos de carreira, e pelo que foi possível ver e ouvir, estão como o vinho desta bonita cidade do Porto: "quanto mais velhos melhores".
Foram duas noites com uma hora e quarenta e cinco minutos de concerto cada uma, ficando no final uma sensação agridoce. Se por um lado soube a pouco, por outro resta a satisfação de os ter ouvido dizer que regressavam em breve.
Esperemos que sim, e que seja para actuarem perante uma plateia maior, se bem que desta vez podem ter sido poucos os espectadores, mas foram bons. Afinal é isso que interessa.