Data - 30 de Março de 2014
Local - Galeria Zé dos Bois
Notas - Apesar de não se conseguir dissociar da imagem do eterno Sr. Sonic Youth, onde esteve cerca de 30 anos, a carreira de Thurston Moore é muito mais do que isso e extremamente abrangente, um pouco por "culpa" dos imensos projectos musicais onde está inserido e por onde vai passando, sendo que, todos eles, primam pela qualidade e muitos pela originalidade sonora, muito por força da genialidade de alguém que já foi considerado um dos 100 melhores guitarristas do mundo.
Aliada à já referida genialidade, está a sua imagem e a postura que tem tido ao longo do tempo, sem qualquer limite em termos de cultura musical e em busca de novas sonoridades e no apadrinhamento de novos artistas graças à sua editora Ecstatic Peace, com critérios musicais rígidos, mas que acabam por contribuir para uma divulgação de grupos que, de outra forma, teriam alguma dificuldade em chegar às edições discográficas.
A título de exemplo de alguns projectos seus, pode-se referir os Chelsea Light Moving com Samara Lubelski, John Moloney e Keith Wood, uma banda com um rock cru e experimental, ou os Twilight, uma banda de Black Metal, com Neil Jameson, Dave Wiii e Wrest (Jef Whitehead), ou seja, dois estilos completamente diferentes unidos pelo fio condutor da criatividade de Moore e de amigos seus, com os quais ele gosta de partilhar momentos, nunca tentando captar todas as atenções para si, e esta modéstia e simplicidade por parte de alguém que não precisa de o ser, acaba por criar uma imagem de culto do músico, colocando-se ao nível dos músicos com que colabora, algo muito louvável.
Nesta sua nova visita a Portugal e mais uma vez à excelente Galeria Zé dos Bois, Thurston Moore (voz e guitarra eléctrica), fez-se acompanhar pelo baterista Steve Shelley (ex-Sonic Youth) e pelo guitarrista James Sedwards num espectáculo que funcionou como pré-divulgação de um disco com edição prevista para Outubro do corrente ano.
Pelo que foi dado a perceber, será um trabalho de puro rock, com boas guitarras e bons solos, algo que começa a rarear nos dias de hoje, pois as novas tendências musicais assentam num estilo mais pop, com poucas guitarras a sobressair.
Felizmente, de vez em quando, surgem estes projectos que funcionam como uma lufada de ar fresco, apesar de não o ser, de serem, isso sim, um regresso à origem de uma estrutura musical rock, com os instrumentos clássicos e, por exemplo, poucos sintetizadores, e este novo projecto é isso mesmo e, talvez por isso, a curiosidade de o ouvir em disco é imensa.
Na primeira parte, tocou o duo Control Unit, de Brooklyn. Formados em 2008, a sua música assenta numa desconstrução musical e num esquema complexo, que por vezes tem bons pormenores e melodias engraçadas, contrastando com outros momentos em que o que se está a ouvir é completamente desconexo.
É no entanto um grupo que tem alguma margem de manobra, mas que deambulará sempre por ambientes muito alternativos e é um tipo de música que requer algum estado de espírito para se ouvir. Não é algo que se possa ouvir todos os dias.
A título de exemplo de alguns projectos seus, pode-se referir os Chelsea Light Moving com Samara Lubelski, John Moloney e Keith Wood, uma banda com um rock cru e experimental, ou os Twilight, uma banda de Black Metal, com Neil Jameson, Dave Wiii e Wrest (Jef Whitehead), ou seja, dois estilos completamente diferentes unidos pelo fio condutor da criatividade de Moore e de amigos seus, com os quais ele gosta de partilhar momentos, nunca tentando captar todas as atenções para si, e esta modéstia e simplicidade por parte de alguém que não precisa de o ser, acaba por criar uma imagem de culto do músico, colocando-se ao nível dos músicos com que colabora, algo muito louvável.
Nesta sua nova visita a Portugal e mais uma vez à excelente Galeria Zé dos Bois, Thurston Moore (voz e guitarra eléctrica), fez-se acompanhar pelo baterista Steve Shelley (ex-Sonic Youth) e pelo guitarrista James Sedwards num espectáculo que funcionou como pré-divulgação de um disco com edição prevista para Outubro do corrente ano.
Pelo que foi dado a perceber, será um trabalho de puro rock, com boas guitarras e bons solos, algo que começa a rarear nos dias de hoje, pois as novas tendências musicais assentam num estilo mais pop, com poucas guitarras a sobressair.
Felizmente, de vez em quando, surgem estes projectos que funcionam como uma lufada de ar fresco, apesar de não o ser, de serem, isso sim, um regresso à origem de uma estrutura musical rock, com os instrumentos clássicos e, por exemplo, poucos sintetizadores, e este novo projecto é isso mesmo e, talvez por isso, a curiosidade de o ouvir em disco é imensa.
Na primeira parte, tocou o duo Control Unit, de Brooklyn. Formados em 2008, a sua música assenta numa desconstrução musical e num esquema complexo, que por vezes tem bons pormenores e melodias engraçadas, contrastando com outros momentos em que o que se está a ouvir é completamente desconexo.
É no entanto um grupo que tem alguma margem de manobra, mas que deambulará sempre por ambientes muito alternativos e é um tipo de música que requer algum estado de espírito para se ouvir. Não é algo que se possa ouvir todos os dias.
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